Enquanto a Administração Trump vê
passar o tempo, qual deveria ser o seu comportamento?
Há parte de sua equipe advocatícia que
recomenda justamente essa tática. Deixar passar o tempo, mas ao invés de
antagonizar o Conselheiro Especial Robert
Mueller III, buscar cooperar com ele.
O escopo refletiria uma mudança de
estratégia. A cooperação com o Conselheiro Especial partiria da premissa de que
o Presidente Donald Trump nada tem a esconder, e, portanto, está no seu
interesse demonstrar que ele nada tem a ver com as delituosas operações das
forças sob as ordens de gospodin
Putin (hacking das comunicações do
Partido Democrata e outras intervenções
diretas no processo eleitoral americano).
Se o Conselheiro Especial aceitar tal
postura, a situação do Presidente melhoraria bastante, eis que ficaria livre da
nuvem de suspeitas que ora recai sobre ele. Esta é basicamente a posição de Ty Cobb, o advogado da Casa Branca que se
ocupa da resposta à investigação de Mr Mueller.
No campo da defesa do Presidente, Donald F. McGahn II expressa posição de moderada discordância quanto a esta
tática. No seu entender, produção excessiva de documentos poderia criar mau
precedente para o futuro, e recorda no
contexto a situação de seu antecessor, o democrata Bill Clinton, com um Conselheiro especial a azucriná-lo, i.e. o
implacável Kenneth Starr. Como se
sabe, com o escândalo de Monica Lewinski, o presidente Clinton só escaparia do impeachment pela votação no Senado.
Quanto ao rumo futuro de atuação do
Conselheiro especial Robert Mueller, ainda subexistem
muitas dúvidas. Com uma dupla investigação
em curso, iria contra a boa estratégia a ser seguida que se exonere o
presidente Trump de forma antecipada. Na realidade, dois ex-assessores de Mr.
Trump - Paul J. Manafort e Michael T. Flynn - estão sendo
investigados pelo Conselheiro Especial.
Se Manafort e/ou Flynn decidirem
cooperar com a investigação, as coisas poderiam mudar para o Presidente. No
entanto, subsistem ainda muitos se
para determinar como a avaliação do Conselheiro Especial possa evoluir, diante
de novos dados, que podem contribuir tanto para inocentar Trump, quanto para
eventualmente criar-lhe dificuldades adicionais.
( Fonte: The New York Times
)
Nenhum comentário:
Postar um comentário