Há fortes indicações de que o Estado
Islâmico, depois da derrota de Mosul, começa a apresentar óbvios sinais de
desmantelamento.
Para tanto tem contribuído o
bombardeio incessante pela força aérea americana, assim como o avanço do
exército iraquiano.
A falta de moral das forças do Isis
se reflete nas rendições em massa da sua infantaria. Se antes o suicídio era o
caminho encontrado pelas forças islâmicas, a falta de moral e a sensação da
derrota inelutável ora caracteriza a atitude
dos militantes do E.I., que depois da queda de Hawija se tem assinalado pela rendição espontânea de grandes
contingentes de soldados da antes temível infantaria.
Outras rendições como a de Tal Afar se seguiram à queda de Mosul,
que marcou o ponto inicial de o que semelha
ser a derrocada terminal do antes orgulhoso Daesh.
É também interessante que os no
passado corajosos militantes islâmicos, hoje tenham começado a render-se em
massa ao Pesh merga, i.e., a milícia
curda do Iraque do norte. Perguntados pela razão da preferência, um dos
soldados do E.I. foi franco: 'porque os curdos não matam os prisioneiros, ao
contrário dos iraquianos'.
Há ainda alguns pontos do território islâmico que resistem. No entanto, os ventos da derrota parecem corroer o que restara de determinação para a luta do antes temível 'califado'.
Há ainda alguns pontos do território islâmico que resistem. No entanto, os ventos da derrota parecem corroer o que restara de determinação para a luta do antes temível 'califado'.
Aqueles que diziam ter como
alternativa resistir ou morrer, passaram a render-se em massa, como bando
assustado e sem moral, a ponto de surpreenderem os oficiais curdos.
Nessas condições, a retomada de
Raqqa não deveria tardar, assim como o desaparecimento territorial no Oriente
Médio do antes insolente E.I.
Ficarão marcadas como sinais
da brutal crueldade do ISIS as públicas cerimônias de decapitação de pobres
indivíduos, entre eles ocidentais, inclusive americanos de que a hierarquia
islâmica se servia à guisa de espetáculo. Seria como os choques de culturas e
civilização houvessem voltado. Para o Estado Islâmico, que na sua hübris
dispunha até de fontes autônomas de petróleo, além de vários centros citadinos,
e ruínas milenares que a UNESCO pensara haver preservado - como a 'capital'
Raqqa e outras aglomerações urbanas arrancadas da Síria e do Iraque, para a
suposta maior glória do califado.
E dentro dessa súbita
irrupção de um poder fora do tempo, o califado de Abu Baqr tratava de
'organizar' os tais truculentos e sanguinolentos espetáculos de barbárie
coletiva, em que pensava humilhar os poderosos do Ocidente.
Só o futuro dirá se como na
lenda da mula sem cabeça, uma vez presos ou abatidos os seus líderes, alguns
deles logrem escapar ou se façam representar por fanáticos, tornando a espalhar
em grandes cidades do Ocidente eventuais
ataques como se tem verificado em grandes centros europeus, como se fosse a
longa e criminosa mão do Daesh (E.I.)
( Fontes: The New York Times; Arnold Toynbee )
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