sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Recuo em todas as frentes ?

          

       Os Estados Unidos de Donald Trump batem em retirada da Unesco. Na verdade, a diplomacia de Trump anda a reboque de Israel.
       O próprio Israel, cuja postura diplomática - enquanto Estado satélite de Washington - apressou-se em imitar o gesto de Donald Trump. Bibi Netanyahu vive o seu momento de máxima influência quanto à potência protetora.
       A presença dos Estados Unidos na Unesco  foi marcada por ausência de dezoito anos, e sempre por análoga motivação.
        Por outro lado, as seguidas mostras de prestígio para a Palestina de parte da Unesco vem provocando ressentimento das autoridades americanas, que apóiam a política imperialista de Bibi Netanyahu.
        Essa debandada da Unesco se prenderia, outrossim, à próxima indicação de um diretor-geral árabe para o organismo.
        A postura dos Estados Unidos, que protege Israel, chegou ao ponto de que passaram a suspender sua contribuição financeira à Unesco sob o pretexto da admissão da Palestina como estado-membro da Unesco.
          Essa posição preconceituosa e agressiva de Washington quanto à Unesco - como se a Palestina não mereçesse fazer parte da organização - foi tomada durante a presidência de Barack Obama, donde se deduz quanto os Estados Unidos seguem a política regressiva e opressiva do governo israelense no que tange à Palestina (a que sequer admitem a participação na Unesco...). A partir de então (2011) os atrasos de pagamento por parte da Superpotência montam a US$ 600 milhões.  Tudo isso por conta do predomínio de Israel, estado satélite dos Estados Unidos, que na prática (notadamente depois dos anos Kissinger) lograra inverter a relação entre Estado protetor e o Satélite, em favor deste último, no caso Israel...
            O míope recuo americano no campo da cultura vai ser, segundo consta, instrumentalizado pela República Popular da China. Com o imbecil Trump - mas tampouco Barack Obama mostrara coragem e liderança - a política afirmativa de Xi Jinping tende a crescer na Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura.  Seguindo as instruções do novo líder do Império do Meio Quian Tang, que é o diretor assistente geral para a Educação da Unesco, depois do respectivo treinamento, está sendo lançado para posições de ainda maior destaque, na liderança desta relevante organização no campo intelectual.
                    Impressiona como que, em função de Israel, estado-cliente - que é um pária internacional - os Estados Unidos batam em retirada de relevantes organizações. Invertem-se os papéis com maior força sob a postura regressiva internacional de Donald Trump e o encolhimento da chamada superpotência semelha continuar em ritmo acelerado.


 ( Fonte:  O  Globo )                 

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