A segunda denúncia contra Temer,
ativada, como a primeira, pelo ambicioso Procurador-Geral da República, Rodrigo
Janot Monteiro de Barros, será julgada hoje. Não se sabe, como é lógico, quem
será o perdedor, mas se pode desde já asseverar que o nosso Brasil continuará a
sofrer com a sangria provocada pelos
novos processos - que tem dúbia legalidade, eis que, em parte, se referem a
despesas anteriores à assunção de Michel Temer na Presidência, o que evidencia a ilegalidade do procedimento.
É de perguntar-se com que
propósito Rodrigo Janot, o ex-Procu-rador-Geral
da República, se terá servido de
matérias que, ipso jure, lhe invalidariam
o processo respectivo.
Não terá escapado a esse ex-PGR,
como lhe increpou o deputado José Bonifácio, do PSDB de Minas Gerais, que foi o
autor do parecer na Comissão de Constituição e Justiça, ex-officio do Presidente,
que com tal escolha ele tornaria írrita a própria acusação.
A Folha,
na sua principal manchete, antecipa que
o placar da 2ª Denúncia vai medir a força do Presidente.
Diante das estimativas, semelha não
haver dúvida que Michel Temer há de superar essa derradeira barreira à sua
continuação no Palácio do Planalto.
Os prognósticos a respeito são os
seguintes: o Palácio espera que Temer
saia vitorioso, como na primeira denúncia em agosto, e nesse sentido, empreende esforços para que logre repetir o número de votos
favoráveis ao presidente em exercício,i.e., 263.
No entanto, em singular manobra,
deputados da base aliados do Presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ)
atuariam para que o Presidente tenha uma vitória menos brilhante.
Se Maia apoiou Temer no primeiro
escrutínio, para essa segunda votação houve desencontros, dada a ambição de
Maia (e do Legislativo) de recuperarem o protagonismo na agenda da recuperação
econômica do País.
Dessarte, aliados de Maia calculam que Michel Temer - a
quem Janot acusa de obstruir a Justiça e de comandar organização cri-minosa,
irá barrar a denúncia com trinta votos a menos que na primeira votação, vale
dizer 233 sufrágios.
Por sua vez, para a Casa
Civil, o Presidente Michel Temer obterá de 260 a 270 votos na tarde de hoje.
Tendo presente o desgaste do
processo de votação, e as ambições do Presidente da Câmara e sua entourage, semelha também cabível uma
estimativa pró-Temer em torno de 245
votos.
(Fonte: Folha de S. Paulo)
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