Corrobora a relevância dada desde o início
da assunção de Xi, como se
representasse algo distinto das imediatas lideranças anteriores, o resultado ora atribuído ao papel e ao
'pensamento' de Xi Jinping.
O Partido Comunista na China, como
dirigente da Nação chinesa, tem a própria constituição, o que lhe dá a inegável
condição de primus inter pares.
Por outro lado, não é por acaso que a vinda
de Xi tenha sido vista pela sociedade chinesa com atenção diversa da
proporcionada aos ex-presidentes Jiang
Zemin (o do incontrolado bocejo) e Hu
Jintao.
Como se assinala, antes do advento de
Xi, só existiam na carta do PCC o pensamento de Mao Zedong e a teoria de Deng
Xiaoping.
Acerca da contribuição do pensamento
de Mao, pode-se falar na relevância do
pensamento desse ideólogo e das insanas ideias que trouxe para o PCC e o
sofrido povo chinês. Já no que tange a
Deng, em blog anterior tive a oportunidade
de referir-me à relevância do real contributo de Zhao Ziyang ao legado de Deng Xiaoping. Como o futuro a Deus e à verdade pertencem, a
presença de Zhao tenderá a crescer.
Quanto à real influência que a
orientação de Xi imprimirá à China,só o futuro tenderá a dizê-lo. Verbosa e
autoritária, a sua bagagem se afigura aos olhos do fiscal aduaneiro da
História. No entanto, é decerto
demasiado cedo para emitir juízos. Para tanto, será necessário o transcorrer do
tempo e o pesar na balança das próprias ideias.
De Mao, resta o gigantesco retrato
à entrada da Cidade Proibida.
Os servidores do Poder bem sabem
que o mais fiel agente de Xi foi Wang
Qishan, o executor da limpeza no
Partido, afastando a corrupção e impondo
disciplina. Para ser coerente, Xi precisa dar o exemplo e à custa do fiel
Wang, esquecer qualquer jeitinho.
O problema está na coerência. Quebrá-la
pode ser corrosivo. Mas mantê-la, tende
a deixar amargo ressaibo.
( Fonte: The New York Times
)
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