Como o leitor do blog
terá presente, na última Colcha de
Retalhos me reportei ao ataque sofrido pela jornalista Tatiana Felgenhauer.
Tatiana continua no hospital. Como foi referido, ela foi esfaqueada no
estúdio da Rádio Ekho Moskvi (Eco de
Moscou) , que é a única estação independente do Kremlin em toda as Rússias.
O esfaqueador que a atacou foi
preso. O governo Putin trata o caso como
provocado por "loucura". A bela Tatiana - fato que pode ser ora
asseverado pela foto estampada - de 32 anos, continua internada.
Ainda em termos de órgãos de imprensa
(falada ou escrita) de oposição ao governo de Vladimir Putin, o Novo Jornal anunciou na sexta-feira, 27
de outubro, que irá distribuir armas que disparem balas de borracha para que
seus profissionais possam proteger-se de ataques.
Dmitri
Muratov, editor-chefe da Novaia
Gazeta, declarou outrossim: "Eu vou armar a redação. Vamos fornecer
outros dispositivos de segurança aos jornalistas, que não irei revelar. Não
temos opção."
Desde o ano de 2000, quando gospodin Vladimir Putin assumiu o
governo de todas as Rússias por primeira vez, quatro jornalistas desse jornal
foram mortos.
O caso de maior repercussão foi o da
grande jornalista Anna Politkovskaia, assassinada a tiros
no saguão do modesto edifício em que residia, no ano de 2006 em bairro central de Moscou. Ela era corajosa jornalista investigativa, e
crítica aberta do Presidente Putin, da guerra na Tchetchenia e da repressão movida pelo governo local..
A Novaia Gazeta foi fundada em
1993, com a ajuda do último presidente soviético Mikhail Gorbachev, que usou
o dinheiro por ele ganho ao receber o Prêmio Nobel da Paz em 1990 para equipar
a redação.
É de assinalar-se que os antigos
computadores ainda estão no hall de
entrada do jornal. Atualmente, essa
publicação circula três vezes por semana, com tiragem de cerca 180 mil
exemplares. É de sublinhar que desde a
subida de Vladimir Putin ao poder (por jogada do grupo dos chamados
oligarcas do entorno de Boris Ieltsin),
a Gazeta assume tom de militante oposicionismo.
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