sábado, 28 de outubro de 2017

Ataques a jornalistas na Rússia

                                  

        Como o leitor do blog terá presente, na última Colcha de Retalhos me reportei ao ataque sofrido pela jornalista  Tatiana Felgenhauer.
         Tatiana continua no hospital. Como foi referido, ela foi esfaqueada no estúdio da Rádio Ekho Moskvi (Eco de Moscou) , que é a única estação independente do Kremlin em toda as Rússias.
        O esfaqueador que a atacou foi preso.  O governo Putin trata o caso como provocado por "loucura". A bela Tatiana - fato que pode ser ora asseverado pela foto estampada - de 32 anos, continua internada.
        Ainda em termos de órgãos de imprensa (falada ou escrita) de oposição ao governo de Vladimir Putin, o Novo Jornal anunciou na sexta-feira, 27 de outubro, que irá distribuir armas que disparem balas de borracha para que seus profissionais possam proteger-se de ataques.
         Dmitri Muratov, editor-chefe da Novaia Gazeta, declarou outrossim: "Eu vou armar a redação. Vamos fornecer outros dispositivos de segurança aos jornalistas, que não irei revelar. Não temos opção."
          Desde o ano de 2000, quando gospodin Vladimir Putin assumiu o governo de todas as Rússias por primeira vez, quatro jornalistas desse jornal foram mortos.

          O caso de maior repercussão foi o da grande jornalista Anna Politkovskaia, assassinada a tiros no saguão do modesto edifício em que residia, no ano de 2006 em bairro central de Moscou.  Ela era corajosa jornalista investigativa, e crítica aberta do Presidente Putin, da guerra na Tchetchenia e da repressão movida pelo governo local..

           A Novaia Gazeta foi fundada em 1993, com a ajuda do último presidente soviético Mikhail Gorbachev,  que usou o dinheiro por ele ganho ao receber o Prêmio Nobel da Paz em 1990 para equipar a redação.
              É de assinalar-se que os antigos computadores ainda estão no hall de entrada do jornal.  Atualmente, essa publicação  circula três vezes por semana, com tiragem de cerca 180 mil exemplares.  É de sublinhar que desde a subida de Vladimir Putin ao poder (por jogada do grupo dos chamados oligarcas do entorno de Boris Ieltsin), a Gazeta assume tom de militante oposicionismo.


( Fonte:  Folha de S. Paulo )                       

Nenhum comentário: