Não se pejando de instrumentalizar a
sua criação da Constituinte dos Bairros como condição sine qua non da validação da posse
dos cinco governadores eleitos pela oposição, o Presidente Nicolas
Maduro transformou as eleições regionais
em validação da sua Constituinte, ao vincular a posse dos governadores
eleitos ao reconhecimento dessa Câmara constituinte, criada pelo
regime, sem ser validada pela geral aprovação da cidadania.
É lógico que a maioria dos
governadores eleitos, dos quadros do partido governamental, não sente qualquer
inconveniente em prestar-se a essa forçação de barra do Presidente Maduro.
Esta, no entanto, não pode ser a posição da Mesa
da Unidade Democrática (MUD), o corajoso organismo da oposição, que congrega a
maioria dos deputados na Assembleia Legislativa.
Para alterar a Constituição vigente - que fora deliberada e votada
já sob o regime chavista do Presidente Hugo Chávez - o seu inepto sucessor
Nicolás Maduro concebeu a manobra ilegal e, na verdade, inconstitucional - por desrespeitar a regra
básica das Cartas Constitucionais que carecem de caracterizar-se pela universalidade.
Pois esta estranha Constituinte
que se baseia na esdrúxula criação de uma Constituinte
dos bairros, formada por militantes chavistas e sem de longe poder
ambicionar ao caráter universal que reveste toda Assembleia Constituinte, não
passa de um somatório de votos inflados (o próprio cômputo de os que nela
votaram o revelou a contrariu sensu,
dado o baixíssimo número que o sistema registrou).
E é justamente por isso que o regime
chavista deseja impor a falsa Constituinte como conditio sine qua non de validação dos novos cinco governadores da
Oposição.
A
MUD já fez conhecer da própria negativa em prestar-se a essa ulterior
jogada aética do ditador Nicolás Maduro.
( Fonte: O Estado de S. Paulo )
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