sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Procuradora Ortega critica Odebrecht

                     
       Segundo noticia o Estadão, a ex-procuradora-geral da Venezuela, Luisa Ortega Díaz acusou a 19 do corrente a Odebrecht de tentar ocultar da opinião pública casos de corrupção no governo da Venezuela.
       Falando ao jornal Estado de S. Paulo, a senhora Ortega criticou a ação da construtora brasileira no Supremo Tribunal Federal, em que a empresa pede  que a ex-Procuradora-Geral seja impedida de divulgar informações sigilosas da delação da empreiteira.
       Na mesma ação, a Odebrecht pede igualmente que a senhora Ortega devolva todos os materiais que ainda possui e estão protegidos pelo segredo de Justiça.
       Na ação em tela, que veio a público nesta quarta-feira, 18 de outubro, a Odebrecht pede igualmente que a senhora Ortega devolva todos os materiais que ainda possui e estão protegidos por segredo de justiça.
       A ex-Procuradora-Geral divulgou neste mês, na sua conta do Twitter, vídeo de delação do executivo Euzenando Azevedo. Em depoimento à PGR ele fala sobre um pagamento acertado de US$ 35 milhões para a campanha de Nicolás Maduro.  A ex-procuradora afirmou que iniciaria uma série de publicações de dados sobre a corrupção no governo Maduro.
      Para a senhora Ortega "o que a Odebrecht anunciou é lamentável".  "Mostra uma falta de transparência, o que pareceria  persistir em suas práticas em favor da corrupção. Parte de seu compromisso  diante da Justiça era o de apresentar tudo o que fosse necessário para erradicar esse mal nos países onde operou."
       Na avaliação da ex-Procuradora-Geral, a ação no STF não é coerente com nenhum desses compromissos. "A ação pretende atacar quem mostra ao mundo sua corruptela, no lugar de facilitar a obtenção da Justiça em todos os países da região e de todo o mundo",  declarou a ex-procuradora.
       "É curioso como esta empresa centro todos os seus esforços em não deixar que sejam divulgado as provas da corrupção de sua organização na Venezuela e, pelo contrário, promove a inação da Justiça em relação a Nicolás Maduro e seus companheiros criminosos."
          Segundo a Senhora Ortega, a publicação do vídeo de Azevedo era um dever que ela tinha perante a lei venezuelana e a corrupção da empresa faz com que os venezuelanos tenham direito de saber como ocorreu o pagamento de propinas no país.
           "Cedi as provas e a ação investigativa ao Ministério Público brasileiro,  que agora tem a possibilidade histórica de processar os respon-sáveis  por esses fatos", disse a Procuradora.  "Na Venezuela, não há atualmente possibilidade de justiça. Tal é o nível de caos institucional, que são os mesmos delinquentes apontados nesse caso os que assaltaram o poder e tem o controle total dos organismos jurisdicionais."


( Fonte:  O Estado de S.Paulo )  

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