Dentre os líderes ocidentais, Ângela
Merkel (CDU) constitui quase uma exceção. No quarto mandato, ela será
provavelmente reeleita, superando o adversário Martin Schulz, do SPD
(social-democrata).
Tem-se levantado na mídia muita
especulação quanto ao possível retorno
ao Bundestag (parlamento federal alemão)
do AfD (Alternativa para a Alemanha). Para tanto, ele carece de superar
a barreira de cinco por cento do total dos votos.[i] Seria lamentável que um partido de extrema
direita, na linha neonazista, consiga voltar ao Parlamento, o que é resultado da insatisfação do eleitorado, não com o governo da Merkel, mas com o
número de imigrantes admitidos pela RFA - ao contrário de outros países
ocidentais, que fecharam as portas para os desalojados pela guerra civil na
Síria.
É importante ter presente que esse AfD é um sucessor do Partido Nazista,
aquele de Adolf Hitler, que fez a Europa e o mundo remergulhar em um novo
conflito mundial, além de patrocinar a execrável solução final, vale dizer a perseguição sem quartel aos judeus, que
causou o extermínio de mais de cinco milhões de pessoas. Que um partido como
esse AfD (Alternativa para a Alemanha) tente voltar ao parlamento federal e - o
que é pior - seja pronunciado com chance de lográ-lo, é um momento triste para
a democracia alemã. Que 72 anos tenham passado da descoberta pela Humanidade
dos execráveis fornos crematórios e campos de concentração nazistas não é tempo
suficiente para que essa ideologia criminosa volte às assembléias.
[i]
Ao contrário do Congresso brasileiro, que instituiu uma ridícula cláusula de
barreira, que possibilitará o ingresso na Câmara de muitos nanicos.
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