Embora o Congresso seja republicano - o GOP tem maioria nas duas Casas - a
despeito da furiosa pressão vinda da Casa Branca, cujo morador atual não
suporta a permanência de Lei aprovada no início do mandato do Presidente Barack
Obama - a Lei do Tratamento Custeável - e malgrado a oposição que lhe é feita
por muitos líderes republicanos, mas não todos, e capitaneada pelo sucessor
Donald Trump, a tentativa de substitui-la por outra lei, com grandes lacunas,
que lhe retiravam o suporte indispensável às
classes menos favorecidas (no clássico modelo republicano), acabou
morrendo na clássica prova da má legislação.
Por diversos motivos, o líder Mitch
McConnell soou a corneta da retirada. O mais importante está no cômputo dos
votos. Um a um foram caindo os apoios à nova lei. Como todo fracasso, essa
investida contra o detestado (pelo Tea
Party e outras franjas reacionárias do Partido Republicano) Obamacare mostrou estar carente daquilo
que é indispensável no Congresso - o número bastante de sufrágios que esteja
disposto a enfrentar o Flak
adversário e transformar o projeto republicano no substitutivo da maioria.
John McCain fora o primeiro a mostrar
que não seria exatamente um passeio o enterro da reforma da saúde aprovada por
votos democratas, no primeiro biênio da Administração Obama. Os substitutivos, lançados
de afogadilho, pela desenfreada
incitação do presidente Donald Trump, se chocavam com a realidade que punha em
risco diversos mandatos de senadores republicanos, por negarem o apoio dado
pela presente lei àqueles contribuintes americanos, de baixa ou média renda.
Por outro lado, existem diversos
senadores republicanos que pensam possível fazer a reestruturação dos impostos,
sem carecer de votos democratas. Dada a complexidade da matéria, careceria da
aprovação de outro projeto de orçamento, de modo a proteger o projeto de um filibuster democrata, o que de novo
poria a assistência sanitária no centro das atenções nas próximas eleições de
meio-termo. E como há vários senadores republicanos em situação desconfortável
no seu reencontro com os eleitores, as possibilidades de aprovação desse tipo de
legislação não são das melhores.
( Fonte: The New York Times
)
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