Com base em pesquisas de saída de
votantes - já estão fechadas as seções de votação - os resultados dessa eleição
trazem pesada carga de decepção para os principais partidos. Nesse sentido, a principal atingida é a CDU de Ângela Merkel que sai com 32,5%
dos votos, muito abaixo de suas projeções anteriores.
A SPD, de Martin Schulz, bate em 20%,
resultado decepcionante. para os sociais democratas. Terá sido em função dessa queda na votação, que
Schultz já se manifesta contra um repeteco da "grande
coalizão". Quer apostar em
projetar-se como alternativa no futuro para dirigir o gabinete, o que estaria,
na prática, inviabilizado enquanto
estiver a reboque de gabinete encabeçado pela CDU e a Chanceler Merkel.
Por outro lado, o crescimento assustador da Alternativa para a Alemanha, com 15% dos votos - que torna a AfD a terceira força política na
Alemanha, já faz a SPD como que entrar na esfera de ação dos neo-nazistas, o
que poderia enfraquecer os socialistas ainda mais.
Há muitas opções para a coalizão com
os cristãos-democratas. O gabinete que já é formado pela CDU/SDU, esta última a
seção da Baviera que compõe sempre a representação cristã/democrata, irá agora,
com a Merkel, partir para as negociações com os partidos menores, para
completar a coalizão.
O FDP - FreiDemokratischPartei - são os liberais que, por vezes, têm
dificuldade em atingir o quociente de 5%, o que desta feita foi completado,
mas a dificuldade é de princípio. Como o FDP é um parceiro tradicional da CDU,
e somente quando não logra atingir o quociente é que a CDU, em geral, parte para
a negociação da grande coalizão (CDU-SPD), desta feita tal opção não semelha
possível, pela posição do líder socialista contrária à grande coalizão com a
CDU. Surge, portanto, o FDP, com maior
possibilidade que os verdes, de formarem aliança com a CDU.
No entanto, a novidade inquietante
do crescimento dos neo-nazistas, diminui o brilho da vitória de Angela Merkel,
no seu quarto mandato. A explosão dos neo-nazistas é sem dúvida decorrência indireta
da decisão corajosa da Merkel de abrir as seções de imigração na RFA para mais de um
milhão de refugiados da guerra civil na Síria. Esse brutal aumento no número de
estrangeiros determinado pela resolução humanitária da Chanceler criou, contudo, condições favoráveis para o crescimento da AfD de extrema-direita, diante das
questões e dos choques provocados por esse enorme ingresso de refugiados na RFA,
e as consequentes pressões e dificuldades de alojamento e de convivência
criadas por esse enorme aumento de estrangeiros na Alemanha. Assinale-se que a
Chanceler Merkel foi a única dirigente de país ocidental que adotou posição
aberta e corajosa diante do desafio da guerra civil na Síria, e o grande número
de refugiados ocasionado pelo conflito.
( Fontes: internet, CNN)
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