Maia acusa governo
Nas
movimentações de bancadas - que muita vez pouco têm a ver com a realidade política - o
Presidente da Câmara acusa PMDB e Governo de uma "facada nas costas"
do DEM,forçando o presidente Temer a assumir as gestões para apaziguar a base.
As declarações de Rodrigo Maia foram feitas no momento mais delicado para
Temer, em que o Presidente carece de todo o apoio para barrar a segunda
denúncia de Rodrigo Janot contra ele.
Embora sobrevoe a cena algum
artificialismo, Temer precisa de apoio para barrar esta segunda denúncia.
Nesse artificialismo que comanda as
migrações políticas, o PMDB tem assediado parlamentares do PSB que negociavam
transferência para o DEM.
A Segunda Denúncia e o
muro das Lamentações
A nova Denúncia de Janot, consoante
Vera Magalhães, terá na Câmara terreno
fértil para chantagens, recados e barganhas. Mas a articulista não prevê
dificuldades maiores para lograr o arquivamento de o que Temer teve pela
primeira vez.
De qualquer forma, segundo a velha
raposa Magalhães Pinto, previsão em votações será sempre arriscada.
Talvez muitos contem com o cansaço
da repetição das acusações, sem que a situação haja realmente mudado.
Inflação abaixo da meta
Ora, vejam só.
No país da inflação endêmica e da perpétua correção monetária, o Banco
Central considera que a inflação esteja
tão baixa que será necessário adotar-se política de juros estimulativos, ou seja,
trazer a inflação de volta.
Será que não é possível viver sem
inflação? Será que é indispensável a todo fim de ano, mandar uma circular para
os clientes repetindo o suposto aumento do custo de vida, que apesar de
inexistente, estaria aí para bancar a velha justificativa do aumento das
despesas e - isso em geral é omitido nas comunicações de rotina - que torna
indispensável sapecar mais um incremento nas cobranças? Será que os cobradores
da vez não se dão conta de que falta chão de verdade para justificar-lhes a
ritual ganância, que anos e anos, ou de inflação, ou não, sempre estarão ali para
que se relance a velha cobiça que encara mudança de ano, como o "novo" e sovado
pretexto de ganhar mais do consumidor, seja ele quem for e não importa que motivo ?
( Fontes: O Estado de
S. Paulo, O Globo )
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