sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Colcha de Retalhos E 36

                              

Maia acusa governo


        Nas movimentações de bancadas - que muita vez pouco têm a ver com a realidade política - o Presidente da Câmara acusa PMDB e Governo de uma "facada nas costas" do DEM,forçando o presidente Temer a assumir as gestões para apaziguar a base.
        As declarações de Rodrigo Maia  foram feitas no momento mais delicado para Temer, em que o Presidente carece de todo o apoio para barrar a segunda denúncia de Rodrigo Janot contra ele.
        Embora sobrevoe a cena algum artificialismo, Temer precisa de apoio para barrar esta segunda denúncia.
        Nesse artificialismo que comanda as migrações políticas, o PMDB tem assediado parlamentares do PSB que negociavam transferência para o DEM.
        

A Segunda Denúncia e o muro das Lamentações

    
        A nova Denúncia de Janot, consoante Vera Magalhães,  terá na Câmara terreno fértil para chantagens, recados e barganhas. Mas a articulista não prevê dificuldades maiores para lograr o arquivamento de o que Temer teve pela primeira vez.
           De qualquer forma, segundo a velha raposa Magalhães Pinto, previsão em votações será sempre arriscada.
           Talvez muitos contem com o cansaço da repetição das acusações, sem que a situação haja realmente mudado.


Inflação abaixo da meta            


            Ora, vejam só. No país da inflação endêmica e da perpétua correção monetária, o Banco Central  considera que a inflação esteja tão baixa que será necessário adotar-se política de juros estimulativos, ou seja, trazer a inflação de volta.
              Será que não é possível viver sem inflação? Será que é indispensável a todo fim de ano, mandar uma circular para os clientes repetindo o suposto aumento do custo de vida, que apesar de inexistente, estaria aí para bancar a velha justificativa do aumento das despesas e - isso em geral é omitido nas comunicações de rotina - que torna indispensável sapecar mais um incremento nas cobranças? Será que os cobradores da vez não se dão conta de que falta chão de verdade para justificar-lhes a ritual ganância, que anos e anos, ou de inflação, ou não, sempre estarão ali para que se relance a velha cobiça que encara mudança de ano, como o "novo" e sovado pretexto de ganhar mais do consumidor, seja ele quem for e não importa que motivo ?



( Fontes: O Estado de S. Paulo,  O Globo )

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