Não
se deve presumir jamais quanto aos
limites da capacidade de alguém de aferir
a própria situação em termos de ação internacional diante de uma pessoa com as pouco
invejáveis características de temperamento e cultura tão limitadas quanto as de Nicolás Maduro.
Como
pode passar pela cabeça de alguém que preside a um processo de tortura, maus
tratos e repressão sem limites do próprio povo, manifestar a intenção de partici-par dos debates na sessão de abertura do Conselho de Direitos Humanos,
das Nações Unidas, a realizar-se na próxima semana ?
Posso
antever a evolução dessa "ideia genial" do ditador Maduro em estar
presente na reunião de abertura do CDH, em Genebra.
Como
lhe veio essa abstrusa ideia, que mais do que provocação tem ares de acinte
? Algum cortesão ou puxa-saco de plantão
terá plantado essa sugestão, que Maduro, um indivíduo bronco - apesar de já ter
sido até ministro do exterior da Venezuela -
achou interessante para que
ele pudesse dar a versão do regime chavista venezuelano sobre a
"realidade" como ele a vê, dispondo, portanto, da oportunidade de
mostrar o que ele quer que se acredite como a realidade na infeliz pátria de
Bolivar...
Diante da forte e até desabrida reação de muitos governos - em termos
desse acinte ao tema básico do Conselho
- Maduro resolveu desistir de sua "ideia" e bateu em
retirada. Vai no seu lugar o chanceler
Jorge Arreaza...
(
Fonte: O Estado de S. Paulo )
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