O Papa Francisco, depois de sua
passagem por Cuba, com grandes multidões, mas eclipse de dissidentes, chegou
hoje, quarta-feira, 23 de setembro, pela
manhã à Base de Andrews, em Washington, quando foi recebido pelo Presidente
Barack Obama e pelo Vice Joe Biden. As
duas maiores autoridades americanas estavam acompanhadas de suas esposas.
Há muita
expectativa com a visita pontifícia, expectativa essa que se deve sobretudo ao
carisma de Francisco, e a sua intenção de levantar tópicos que em geral não frequentaram
as agendas papais de seus antecessores, desde Paulo VI, João Paulo II e Bento
XVI.
Em Washington Francisco conversará com o Presidente Obama, e as
concordâncias devem ser largas, posto que não completas. Há expectativa na sua
sessão perante o Congresso americano, em que o Santo Padre há de procurar
diplomaticamente maior participação americana no que tange à crise do meio
ambiente, uma das principais inquietudes de Francisco. Arraigado a postura que
é mais reminiscente do incrédulo século vinte, o Congresso será talvez
convidado a maior abertura ambiental, eis que das posições céticas ou
negacionistas, o aquecimento global e a crescente violência climática vem
mostrando de forma impiedosa a inanidade. Sem embargo, dado o relativo
imobilismo prático de Senadores e Representantes, as frases do sucessor de
Pedro podem ecoar, sendo pouco provável que o seu resultado muito venha a
diferir de tantas alocuções aí ouvidas, que mais seguem o exemplo dos clamores
de Lawrence, na obra prima de David Lean.
Em New York,
Papa Francisco terá previsíveis multidões e o discurso na Assembleia Geral das
Nações Unidas.
Por fim, em Filadelfia
a visita deverá concluir-se. Dada a popularidade do Papa, o seu carisma e
simplicidade, agregadas as próprias palavras para os desfavorecidos da sorte,
antecipam-se grandes multidões. Haverá decerto a ocasião para lidar com o dissenso da vez, a formulação eventual de
posturas antagônicas e críticas, assim como a caça habitual das atenções oportunistas.
Essa visita de
Papa Francisco, com a compreensível ansiedade e o grande afluxo que a devem acompanhar, representam o
grande desafio da vez para este grande pontífice, que veio trazer a Igreja de Cristo
para o século XXI, assim como o seu grande antecessor o Santo João XXIII trouxera o catolicismo para o mundo moderno e o século XX.
Assim como Papa Giovanni o fez a seu tempo, Esperemos que,
uma vez mais, Papa Bergoglio venha a surpreender e no melhor sentido, como é seu hábito.
( Fontes: The New York Times, site de
O Globo )
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