Depois de um
período de crescimento econômico e de Real firme, com direito a cumprimentos
pelas finanças internacionais, eis que se podiam mostrar dados econômicos e
financeiros assaz satisfatórios, surgiu igualmente o BRIC[1] –
o qual mais tarde viraria BRICS – com a inclusão da África do Sul por critérios
políticos - para conjunto de países emergentes soldados pelo aspecto econômico.
Se no segundo
mandato de Lula, com Mantega na Fazenda, as práticas não seriam as mesmas do
período de Palocci (que o escândalo do caseiro interromperia), com as chamadas
capitalizações do BNDES y otras cositas más, de qualquer forma,no primeiro e
desastroso mandato de Dilma Rousseff se criariam as condições para a geral
piora em economia e finanças, piora esta que a candidata da algibeira de Lula
da Silva conseguiria dissimular com uma série de deslavadas mentiras.
Para tanto, também contribuiriam visões diferenciadas da realidade
politico-econômica que foram mantidas pela denegação do direito de resposta à
candidata Marina. Assim, as fantasias da propaganda de João Santana reinariam
incontestes, com grave dano da democracia.
Tanta
desfaçatez, agregada à eclosão do magno escândalo do Petrolão, desfariam e
estraçalhariam as lendas petistas e a arrogância da candidata Dilma. Seria suma
injustiça se atribuíssemos todos os ventos, vendavais e tornados (agora, e
neste último fenômeno meteorológico imagem também admissível em Pindorama, pois
o interveniente progresso já criou condições de que esse último flagelo apareça
entre nós!) à desfaçatez de Dilma
Rousseff.
Já me ocupei
desse aspecto o bastante, para apenas limitar-me a dizer que tanto Lula, quanto
Dilma partilham essa responsabilidade. Ela, por imprudência e suma ignorância,
ele, por tê-la indicado (para nossa vergonha, o corpo eleitoral brasileiro
ainda é suscetível de eleger postes,
por eventual indicação de
magno-coronelão).
Por outro
lado, não é difícil entender que não tenha sido possível à Madalena-arrependida
valer-se de um deus ex-machina na
pessoa do Ministro Joaquim Levy. A disparatada maioria, nominalmente
pró-governo, só funcionaria em um esquema concessivo e, portanto, artificial, o
que não mais se afigura factível, em cenário de revolta popular (cerca de sete
dígitos de apoio!) e de consequente distanciamento político no Congresso.
Agora,
assistimos à dança de sombras – estilo javanês – do Vice-presidente. Enquanto a
dílmica administração passa a temer cada vez mais o amado povo (as placas de
metal protegendo a retaguarda do palanque presidencial já são símbolo bastante),
além do móbil Lula (em roupa de
presidiário e os números 13 (PT) e 171 -
artigo do Código Penal relativo a estelionato), irrompe a notícia da Lava-Jato
no Palácio do Planalto, adentrando gabinetes do íntimo Mercadante e de outro ministro,
Edinho Silva, que cuidou da campanha da Rousseff. Sem falar na inflável presidenta, com roupa petista e nariz de
Pinóquio.
Será que os
votos de muitos foram atendidos e passamos a viver nos terríveis tempos
interessantes, aquela temida maldição chinesa ? Será que as hostes governistas
encaram com desconforto a súbita vinda da infernal Lava-Jato para uma Brasília que enfrenta a seca dos meses de agosto
e setembro?
Dizem que
não, como é de rigor, mas para
outros, o processo começa a apresentar inquietantes sintomas, com os quais a
sua dinâmica se acresce e acelera, com resultados que costumam tirar o sono de
quem acompanha nervoso o trabalho sério do Juiz
Sérgio Moro, esse personagem que não faz muito era um quase total
desconhecido. São pessoas dessa têmpera que induzem o Povo Soberano a não descrer da democracia no Brasil, malgrado
tantas aparências.
( Fontes: O Globo,
Folha de S. Paulo )
[1] O Bric é acrônimo de Brasil, Rússia, Índia e China, que virou depois Brics
com a inclusão de South
Africa (Africa do Sul).
Nenhum comentário:
Postar um comentário