Dilma Rousseff surge como candidata com
grandes possibilidades de ser escolhida pela história como o pior presidente da
república do Brasil. O adversário mais sério para esse dúbio galardão se afigura seria
Fernando Collor. Mas como ele sequer se manteve por um mandato inteiro, cortado
que foi pelo impeachment, o mal que
terá infligido se afigura incomparavelmente menor, de o que quanto se possa
atribuir à chefe de gabinete de Lula da Silva.
Tampouco me
ocuparei do sumo egoismo de Lula, que não trepidou em sacrificar o interesse da
nação brasileira ao seu próprio, quando fez eleger o seu primeiro poste.
Se
repassarmos na Velha e na Nova República
transitando pela de quarenta e seis, e até pelo regime militar de exceção, não
encontraremos alguém que tenha tido gestão de tal maneira desastrosa.
O que mais
confrange é que tal incompetência não impediu que fosse reeleita. Não há dúvida
que isso se deveu a incrível festival de mentiras, conjugado com o
aparelhamento de órgãos do Estado, que garantiu-lhe a vitória contra o
candidato mais fraco.
Outro fator
crucial foi a intervenção da deusa
Fortuna, que ensejou a divulgação do festival de escândalos e de corrupção,
somente quando a pobre Inês já era morta.
O mal que esta
Senhora logrou há de entrar para os negros registros da História. Não é que
Dilma não tenha feito nada. Mas entrando pela contramão, se esmerou em
realizações negativas, a começar pela inflação. Não lhe faltaram avisos e
advertências. A sua faixa de onda permaneceria a mesma, seguindo por caminhos
já há muito abandonados, com uma inabalável confiança que só iria amealhar
tropeços e retrocessos.
A não ser
aqueles a quem o caos aproveita, será
dificil encontrar gente de boa fé e mente, que continue entusiasmada a
alçar-lhe o pavilhão. Pelas demonstrações que tem dado de férrea persistência
no erro e falta de qualquer sentido de planejamento, não ousaria, contudo,
desmerecer-lhe na boa fé.
No entanto,
dada a situação em que nos encontramos, lamento dizê-lo que de boas intenções o
caminho do inferno está pavimentado. Respeito-lhe as convicções, mas se as
pesarmos na balança das realizações e da boa governança, sinto dizer que o seu
peso chega a ser negativo, tanto a Senhora, embora decerto longe esteja de
desejá-lo, vem contribuindo com tanta persistência para agravar a situação que
de tão séria até surpresa provoca pelo excesso de trapalhadas.
O que nos foi
arrebatado com a perda do grau de investimento, pela maneira inepta com que se
facilitou a penada da Standard & Poor’s,
chegando até à provocação, se me afigura não só difícil de aceitar mas de engulir. Por não querer desfazer-se de
programas deficitários, o governo preferiu a inação conjugada com a provocação.
Pois há de convir-se que, já na marca do pênalti, apareçamos com um orçamento
deficitário em trinta bilhões só pode ser decorrência ou de timidez doentia (o
que não creio seja o seu caso), ou de
estulta confiança. Parece, de resto, até apatia. E esse conjunto de reações a
colunista Miriam Leitão o expressa de
forma irrespondível que até agora elas
foram patéticas.
Enquanto a Lava-Jato bate afinal na porta do
ex-presidente Lula da Silva, há um forte simbolismo em que o Dr. Hélio Bicudo –
que ao eclodir o Mensalão se afastara do Partido dos Trabalhadores – possa ter o
respectivo documento apresentado pela filha ao Congresso Nacional encampado por
políticos e movimentos que defendem o impeachment da Presidente Dilma Rousseff.
( Fontes: Folha de S. Paulo, O Globo )
Nenhum comentário:
Postar um comentário