sábado, 12 de setembro de 2015

Dilma, a desastrosa


                                         

         Dilma Rousseff surge como candidata com grandes possibilidades de ser escolhida pela história como o pior presidente da república do Brasil. O adversário mais sério para esse dúbio galardão se afigura seria Fernando Collor. Mas como ele sequer se manteve por um mandato inteiro, cortado que foi pelo impeachment, o mal que terá infligido se afigura incomparavelmente menor, de o que quanto se possa atribuir à chefe de gabinete de Lula da Silva.

         Tampouco me ocuparei do sumo egoismo de Lula, que não trepidou em sacrificar o interesse da nação brasileira ao seu próprio, quando fez eleger o seu primeiro poste.

         Se repassarmos na Velha e na Nova  República transitando pela de quarenta e seis, e até pelo regime militar de exceção, não encontraremos alguém que tenha tido gestão de tal maneira desastrosa.

        O que mais confrange é que tal incompetência não impediu que fosse reeleita. Não há dúvida que isso se deveu a incrível festival de mentiras, conjugado com o aparelhamento de órgãos do Estado, que garantiu-lhe a vitória contra o candidato mais fraco.

        Outro fator crucial foi a intervenção da deusa Fortuna, que ensejou a divulgação do festival de escândalos e de corrupção, somente quando a pobre Inês já era morta.

        O mal que esta Senhora logrou há de entrar para os negros registros da História. Não é que Dilma não tenha feito nada. Mas entrando pela contramão, se esmerou em realizações negativas, a começar pela inflação. Não lhe faltaram avisos e advertências. A sua faixa de onda permaneceria a mesma, seguindo por caminhos já há muito abandonados, com uma inabalável confiança que só iria amealhar tropeços e retrocessos.

        A não ser aqueles a quem o caos  aproveita, será dificil encontrar gente de boa fé e mente, que continue entusiasmada a alçar-lhe o pavilhão. Pelas demonstrações que tem dado de férrea persistência no erro e falta de qualquer sentido de planejamento, não ousaria, contudo, desmerecer-lhe na boa fé.

       No entanto, dada a situação em que nos encontramos, lamento dizê-lo que de boas intenções o caminho do inferno está pavimentado. Respeito-lhe as convicções, mas se as pesarmos na balança das realizações e da boa governança, sinto dizer que o seu peso chega a ser negativo, tanto a Senhora, embora decerto longe esteja de desejá-lo, vem contribuindo com tanta persistência para agravar a situação que de tão séria até surpresa provoca pelo excesso de trapalhadas.  

        O que nos foi arrebatado com a perda do grau de investimento, pela maneira inepta com que se facilitou a penada da Standard & Poor’s, chegando até à provocação, se me afigura não só difícil de aceitar mas de engulir. Por não querer desfazer-se de programas deficitários, o governo preferiu a inação conjugada com a provocação. Pois há de convir-se que, já na marca do pênalti, apareçamos com um orçamento deficitário em trinta bilhões só pode ser decorrência ou de timidez doentia (o que não creio seja o seu caso),  ou de estulta confiança. Parece, de resto, até apatia. E esse conjunto de reações a colunista Miriam Leitão o expressa de forma irrespondível que até agora elas foram patéticas.

           Enquanto a Lava-Jato bate afinal na porta do ex-presidente Lula da Silva, há um forte simbolismo em que o Dr. Hélio Bicudo – que ao eclodir o Mensalão se afastara do Partido dos Trabalhadores – possa ter o respectivo documento apresentado pela filha ao Congresso Nacional encampado por políticos e movimentos que defendem o impeachment da Presidente Dilma Rousseff.

          

 

( Fontes:  Folha de S. Paulo, O  Globo )

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