No seu primeiro dia nos Estados
Unidos, a mudança climática foi um dos tópicos principais do discurso de Papa Francisco no Jardim da Casa
Branca. O Santo Padre citou inclusive Martin
Luther King para pedir maior comprometimento do país e da sociedade em prol
da preservação do meio ambiente.
Nesse contexto,
referiu-se às duas nações mais ‘sujas’
(a outra é obviamente a República Popular da China), e elogiou a posição do
Presidente Obama como ‘encorajadora’, por aceitar metas de redução da poluição
nos Estados Unidos.
“As mudanças
climáticas são um problema que não pode ser deixado para as futuras gerações.
Quando falamos de cuidar de nossa casa comum, vemos que estamos em um momento
crítico da História. Nós ainda temos tempo para fazer a mudança necessária para
trazer um desenvolvimento sustentável e integral, porque sabemos que as coisas
podem mudar”.
Em seu segundo
evento público em Washington, o Papa disse a duzentos bispos católicos
americanos que os crimes de abuso sexual contra menores por parte do clero não
devem se repetir jamais. A prédica, na Catedral de São Mateus, à tarde, não
empregou os termos ‘abuso sexual’. Contornou o tópico com a curial expressão ‘momentos
difíceis’, e ressaltou a importância de
disponibilizar ajuda às vítimas.
É de notar-se
que Francisco vem prometendo erradicar “o
flagelo” dos abusos sexuais na Igreja. Para tanto, criou no Vaticano
tribunal para julgar integrantes da Sé pontifícia acusados de encobrir ou
deixar de prevenir o abuso sexual de crianças.
Diplomático, o
Santo Padre não se reportou diretamente à sua participação na retomada das
relações entre Cuba e Estados Unidos. De
forma alusiva, disse: ‘Os esforços feitos recentemente para emendar
relacionamentos quebrados e abrir novas portas para a cooperação dentro de
nossa família humana representam passos positivos no caminho da reconciliação,
da justiça e da liberdade’.
Após o evento na
Casa Branca, Papa Francisco desfilou pelas principais artérias da capital no
papamóvel. E nesse trajeto, uma menina de cinco anos logrou chegar até o
Pontífice e entregar-lhe mensagem sobre imigração. Tal não foi feito sem
dificuldade. Sem embargo, quando a
segurança tentara opor-se, Francisco sinalizou-lhe para que ela se aproximasse.
O guarda-costas, então a ergueu, afim de que a menina recebesse a bênção do
Santo Padre. Em seguida, ela lhe entregou a camiseta com mensagem sobre a
situação dos pais imigrantes com crianças nascidas nos Estados Unidos.
( Fonte: O Globo )
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