quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Notícias de Tio Sam (VI)

                                     

Provável vitória de Obama no Acordo Nuclear

 
       Com relação ao Acordo Nuclear com o Irã, Barack Obama desempenhou com habilidade e firmeza o trabalho de recorrer às cinco potências nucleares (Reino Unido, China, França, Alemanha e Rússia), através de mensagem transmitida por seus representantes em encontro no Capitólio com senadores democratas que permaneciam indecisos quanto à aprovação do Acordo Nuclear.

      Foi a seguinte a mensagem dos diplomatas das cinco potências: ‘O acordo alcançado com Teerã é o melhor que eles podem esperar. O quinteto não tinha a menor intenção de voltar à mesa de negociações’.
      Ao asseverar que tal era o melhor que se poderia esperar em termos de acordo, e que seguiriam em frente, e que não se associariam a quaisquer sanções adicionais (que os Estados Unidos por acaso desejassem acrescentar). A respeito, o Senador Chris Coons, Democrata de Delaware, observou: ‘Eles não deixaram dúvidas quanto a que não se associariam à imposição de novas sanções.’

     Para a maioria, ou mesmo a quase totalidade dos Senadores democratas, foi esta mensagem que lhes consolidou a respectiva posição, proporcionando ao Presidente Obama a obtenção na quarta-feira, dia dois de setembro de votos suficientes para dar a seu veto quanto à decisão do Senado a validade necessária (o veto é derrotado se a maioria é superior a dois terços dos Senadores). Malgrado a feroz oposição republicana – e os apelos de Netanyahu – as indecisões dos demais democratas se dissolveram, ao saberem que as sanções contra o Irã das demais potências nucleares seriam levantadas não importa qual fosse a posição americana.

       Barack Obama - cujo fim de mandato se aproxima - não mostrou a fraqueza ou as indecisões anteriores, que proporcionaram tantas vitórias à oposição, como por exemplo nos intentos de impor restrições à aquisição de armas de fogo. Houve estreita coordenação entre a Casa Branca e os democratas no Congresso, para rebater as críticas republicanas e uma campanha junto à opinião pública de vinte milhões de dólares, com o escopo de nulificar o acordo.

      Houve também grande contribuição da Câmara de Representantes, através da lider da minoria democrata, Nancy Pelosi, da Califórnia. Observadores ficaram impressionados com o drive da campanha encabeçada pela representante democrata.

        A Administração Obama operou a pleno vapor.  Membros do ministério e outras autoridades de alta hierarquia falaram com mais de duzentos, entre representantes na Câmara e Senadores. O próprio Presidente falou pessoalmente com cerca de cem legisladores, seja separadamente, seja em pequenos grupos. Seus assistentes informaram que Obama telefonou para trinta legisladores, quando de suas férias em Martha’s Vineyard.

       Por outro lado, o Secretário de Energia Ernest J. Moniz, físico nuclear, que participou na negociação do acordo, foi uma espécie de ‘arma secreta’ no convencimento dos legisladores. Não só ele conhecia a fundo a ciência, mas também tinha a capacidade  de explicá-la de forma clara e persuasiva, sem o tom condescendente que foi sentido por alguns nas apresentações do Secretário de Estado John Kerry.

            Entretanto, tampouco se deveria desmerecer da contribuição do Secretário de Estado. Através dele foi exposto o depoimento favorável ao acordo de dois expertos em segurança de Israel : Efraim Halevy, ex-diretor do Mossad (a CIA israelense)  e Ami Ayalon, o ex-diretor do Shin Bet, o serviço de segurança interna de Israel (mais ou menos equivalente ao FBI).

            Como parece óbvio, a intervenção de senior ex-funcionários israelenses, que desempenharam funções vitais para a segurança de Israel, não deixaria de contrabalançar os frenéticos esforços  de Bibi Netanyahu, o Primeiro Ministro. Existe a convicção que no seu afã de ‘matar o Acordo’ Netanyahu e seus aliados, apelaram, eis que o objetivo de Bibi não era de persuadir os democratas e sim de amedrontá-los.

            Os únicos democratas que não ajudaram Obama são os Senadores Chuck Schumer, de New York, e Robert Menendez, de New Jersey, por razões que demograficamente são óbvias.

             A vitória democrata foi assegurada pelo anúncio nesta quarta-feira, dois de setembro, da Senadora Barbara A. Mikulski, Democrata de Delaware, de que votará a favor do Acordo com Teerã. Tal e impossibilitaria a maioria republicana no Senado de agregar  os necessários dois terços estabelecidos pela Constituição Federal para abrogar o veto presidencial.

 

Cai a suspensão aplicada a Tom Brady

 
             A notícia do New York Times se refere, como se sabe, ao marido da nossa  Übermodell Gisele Bündchen, Tom Brady, o quarterback[1]do time de futebol americano dos Patriotas da Nova Inglaterra. Ele e seus advogados conseguiram anular nesta quinta feira, três de setembro, a sua suspensão por quatro jogos, por obterem a intervenção no caso do juiz federal Richard M. Berman, da Corte do Distrito Federal em Manhattan.

             A decisão do juiz Berman não se ocupa da manipulação da bola do jogo por Brady, mas sim focaliza a questão se o acordo coletivo da negociação entre a NFL e o Sindicato dos Jogadores dá a Roger Goodel, o comissário da Liga, autoridade para determinar a suspensão do jogador Brady.

             O juiz Berman  sentenciou que não.    

             O consenso nos meios deste popular (e violento) esporte é que a decisão judicial representa pesado golpe contra a autoridade do Comissário Goodel dentro da Liga Nacional de Football (americano) – NFL.

( Fonte: The New York Times)




[1] O quarterback é o principal jogador do time de futebol americano, ao dirigir o jogo e passar a bola.

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