Provável vitória de Obama no Acordo Nuclear
Com relação ao Acordo Nuclear com o Irã, Barack Obama desempenhou com habilidade e firmeza o trabalho de recorrer às cinco potências nucleares (Reino Unido, China, França, Alemanha e Rússia), através de mensagem transmitida por seus representantes em encontro no Capitólio com senadores democratas que permaneciam indecisos quanto à aprovação do Acordo Nuclear.
Foi a seguinte a
mensagem dos diplomatas das cinco potências: ‘O acordo alcançado com Teerã é o
melhor que eles podem esperar. O quinteto não tinha a menor intenção de voltar à
mesa de negociações’.
Ao asseverar que
tal era o melhor que se poderia esperar em termos de acordo, e que seguiriam em
frente, e que não se associariam a quaisquer sanções adicionais (que os Estados
Unidos por acaso desejassem acrescentar). A respeito, o Senador Chris Coons,
Democrata de Delaware, observou: ‘Eles não deixaram dúvidas quanto a que não se
associariam à imposição de novas sanções.’
Para a maioria,
ou mesmo a quase totalidade dos Senadores democratas, foi esta mensagem que lhes
consolidou a respectiva posição, proporcionando ao Presidente Obama a obtenção
na quarta-feira, dia dois de setembro de votos suficientes para dar a seu veto
quanto à decisão do Senado a validade necessária (o veto é derrotado se a
maioria é superior a dois terços dos Senadores). Malgrado a feroz oposição
republicana – e os apelos de Netanyahu – as indecisões dos demais democratas se
dissolveram, ao saberem que as sanções contra o Irã das demais potências
nucleares seriam levantadas não importa qual fosse a posição americana.
Barack Obama - cujo
fim de mandato se aproxima - não mostrou a fraqueza ou as indecisões
anteriores, que proporcionaram tantas vitórias à oposição, como por exemplo nos
intentos de impor restrições à aquisição de armas de fogo. Houve estreita
coordenação entre a Casa Branca e os democratas no Congresso, para rebater as
críticas republicanas e uma campanha junto à opinião pública de vinte milhões
de dólares, com o escopo de nulificar o acordo.
Houve também
grande contribuição da Câmara de Representantes, através da lider da minoria
democrata, Nancy Pelosi, da Califórnia. Observadores ficaram
impressionados com o drive da
campanha encabeçada pela representante democrata.
A
Administração Obama operou a pleno vapor.
Membros do ministério e outras autoridades de alta hierarquia falaram
com mais de duzentos, entre representantes na Câmara e Senadores. O próprio
Presidente falou pessoalmente com cerca de cem legisladores, seja
separadamente, seja em pequenos grupos. Seus assistentes informaram que Obama
telefonou para trinta legisladores, quando de suas férias em Martha’s Vineyard.
Por outro lado,
o Secretário de Energia Ernest J. Moniz, físico nuclear, que
participou na negociação do acordo, foi uma espécie de ‘arma secreta’ no
convencimento dos legisladores. Não só ele conhecia a fundo a ciência, mas
também tinha a capacidade de explicá-la
de forma clara e persuasiva, sem o tom condescendente que foi sentido por
alguns nas apresentações do Secretário de Estado John Kerry.
Entretanto, tampouco se deveria desmerecer da contribuição do Secretário
de Estado. Através dele foi exposto o depoimento favorável ao acordo de dois
expertos em segurança de Israel : Efraim Halevy, ex-diretor do Mossad (a CIA israelense) e Ami Ayalon,
o ex-diretor do Shin Bet, o serviço
de segurança interna de Israel (mais ou menos equivalente ao FBI).
Como parece óbvio, a intervenção de senior ex-funcionários israelenses, que
desempenharam funções vitais para a segurança de Israel, não deixaria de
contrabalançar os frenéticos esforços de
Bibi
Netanyahu, o Primeiro Ministro. Existe a convicção que no seu afã de ‘matar
o Acordo’ Netanyahu e seus aliados, apelaram, eis que o objetivo de Bibi não era de persuadir os democratas
e sim de amedrontá-los.
Os únicos
democratas que não ajudaram Obama são os Senadores
Chuck Schumer, de New York, e Robert Menendez, de New Jersey, por
razões que demograficamente são óbvias.
A vitória
democrata foi assegurada pelo anúncio nesta quarta-feira, dois de setembro, da Senadora
Barbara A. Mikulski, Democrata de Delaware, de que votará a favor do
Acordo com Teerã. Tal e impossibilitaria a maioria republicana no Senado de agregar
os necessários dois terços estabelecidos
pela Constituição Federal para abrogar o veto presidencial.
Cai a suspensão aplicada a Tom Brady
A decisão
do juiz Berman não se ocupa da manipulação da bola do jogo por Brady, mas sim
focaliza a questão se o acordo coletivo da negociação entre a NFL e o Sindicato dos Jogadores dá a Roger Goodel, o comissário da Liga, autoridade
para determinar a suspensão do jogador Brady.
O juiz
Berman sentenciou que não.
O
consenso nos meios deste popular (e violento) esporte é que a decisão judicial
representa pesado golpe contra a autoridade do Comissário Goodel dentro da Liga
Nacional de Football (americano) – NFL.
( Fonte: The New York Times)
[1] O quarterback é o principal jogador do time de futebol americano, ao
dirigir o jogo e passar a bola.
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