O meu blog de ontem só pôde ser postado nesta tarde porque a internet caíu. Para minha boa surpresa,
a despeito da previsão para sábado, o técnico da OI apareceu antes e, por
isso, foi breve a minha estação no purgatório digital.
De
certa maneira, no entanto, as coisas não se encaixaram. De ontem para hoje o que há muito se previra aconteceu. Mais uma
realização de dona Dilma no campo da economia e finanças!
Caro leitor, não, não estou perturbado
pela pausa forçada no blog. Só que –
e isso já deveríamos todos saber – Dilma é boa para, como se diz lá no Sul, atochar. É verdade que entre os
significados do verbo o Houaiss
inclui mentir.
Mas no meu
entender, atochar é um pouco mais do
que isso. É mentir com convicção, o que tende a levar o pobre ouvinte (ou
espectador) a crer que, desta feita, ela está dizendo a verdade.
A sua grande performance nos debates da última
eleição tenderia a confirmar minha
interpretação.
Não há
dúvida que a jogada de orçamento com déficit – convenhamos um lance original,
seguro de atrair manchetes (não importa se negativas) – foi algo que apesar dos
dois ministros trapalhões – o bom guarda e o mau guarda (o leitor escolhe a
quem distribuir os epítetos) - traz a marca registrada de Dilma Rousseff !
Ao ver tal confusão, uma senhora trapalhada –
imaginem, economia que esteja na marca
do pênalti – não é comovente que facilite dessa maneira o que os ianques
estavam loucos para fazer, tal é o acúmulo de más notícias ?
Com o
déficit de trinta bilhões – nem é necessário falar do Ministro Joaquim Levy que
queria resolver o problema contábil aumentando os impostos, a começar pelo da
renda?
Se imposto
no Brasil resolvesse algo, de há muito estaríamos na mítica terra da Cuccagna, aquela da cornucópia em que a
fartura é geral e todo o povão está feliz!
Haveria
duas pequenas providências a tomar antes que se anunciassem sandices como a de elevar
o imposto de renda. E tais medidas são até simples: fechar o ralo da corrupção, que sempre se
encarrega de abocanhar substancial parte da renda não só da União, mas também
de Estados e Municípios.
Por outro
lado, carece de pôr-se termo ao
empreguismo instaurado – como bem demonstrou José Casado – por Lula em ritmo
alucinante desde o início de seu primeiro mandato. Agora que o Nunca Dantes está olhando para ver
quando batem à sua porta, Dilma – enquanto estiver por lá – pode iniciar aí sim
um programa interessante.
Dar um descanso à caneta e parar de nomear. Os
Gastos Correntes devem começar a definhar, para que o nosso orçamento fique
mais apresentável.
E uma
sugestão final para Flavio Dino, governador
do Maranhão e a sua propaganda pelo PCdoB. Mostrar os progressos do
Maranhão: e que melhor maneira de enfeitar o bolo senão com a estatística da
saída do ex-estado dos Sarney como o campeão da Bolsa Família? Que melhor sinal para o novo futuro do ex-Reino do Vice-Rei do Norte que uma
drástica redução nos noventa e tantos por cento nos beneficiados por tal Bolsa?
Pela
primeira vez, um Estado comemoraria não ser mais o primeiro nessa triste
estatística...
( Fontes: O Globo,
Folha de S. Paulo )
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