Na
terceira e última etapa de sua viagem aos Estados Unidos, Papa Francisco
declarou em missa em Filadélfia que é hora de a Igreja convocar os laicos para
suas fileiras. Nesse sentido, agradeceu a “imensa contribuição” das mulheres
religiosas.
‘Revigorar
a fé é um dos maiores desafios que a Igreja enfrenta nesta geração. Isso exige
criatividade para adaptação a situações que estamos mudando, levando adiante o
legado do passado, mantendo estruturas e instituições que nos serviram bem, mas
também sendo abertos a discutir as possibilidades que surgem para nós.’
Diante de uma
situação fluida, em que a Igreja nos Estados Unidos enfrenta uma crise na
participação, vê-se no discurso papal um possibilismo
e uma abertura que não se encontram amiúde em pronunciamentos pontifícios.
Diante da
diminuição de fiéis católicos na Igreja americana em 20% nas últimas duas
décadas, Papa Francisco tem procurado pelo seu carisma, abertura e enorme
simpatia trazer de volta ao aprisco essas multidões que se afastaram sobretudo
por causa dos escândalos financeiros no Vaticano e pela divulgação de casos de
abuso sexual cometidos por sacerdotes no país.
Gosto de
acreditar – declarou Papa Bergoglio –
que a história da Igreja nesta cidade não é de construir muros, e sim
derrubá-los.
No entanto, a irradiação pessoal, a
simpatia e a simplicidade do Papa Francisco – em traços que o ligam a um
predecessor seu, que num curto pontificado fez a Igreja entrar em nova fase,
abrindo-lhe as janelas e convocando o Concílio Vaticano II que ele, S.João XXIII, abriria a onze de
outubro de 1962, com a alocução Gaudet
Mater Ecclesia (Alegra-se a Santa Madre Igreja), na Basílica Vaticana – não
deixam de surtir efeito, congregando como nunca os fiéis. Como refere o
despacho de O Globo : “quem passava em frente à basílica (de Filadélfia), no
entanto, não enxergava qualquer crise no Vaticano. Dezenas de fiéis viraram a
madrugada nas ruas, esperando o início da missa.”
( Fontes: O
Globo, Enchiridion Vaticanum 1 )
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