Em correspondência dirigida ao
Presidente Nicolás Maduro, o Santo Padre recordou-lhe que "o que foi
estabelecido em reuniões não foi acompanhado por ações concretas", segundo a carta em resposta ao pedido de
mediação feito pelo chavista para resolver o impasse político na Venezuela.
Os trechos foram divulgados ontem
pelo jornal Corriere della Sera, que
nota que o texto é endereçado ao "Excelentíssimo Senhor", e não
excelentíssimo presidente, que é o tratamento empregado em tais situações.
O Papa frisou que não é a favor de
"qualquer diálogo", mas de uma negociação em que "as diferentes
partes do conflito ponham o bem comum acima de interesses pessoais e
trabalhem pela unidade e pela paz", disse o jornal italiano, que teve
acesso ao conteúdo da carta.
Citando outras tentativas de conversações para resolver o conflito, o
Papa afirmou que, infelizmente, "elas foram interrompidas porque o que
foi negociado nos encontros, não foi acompanhado de ações concretas para levar
o acordo adiante."
O porta-voz interino da Santa Sé,
Alessandro Gisotti, não quis comentar o que considerou a publicação "de uma carta privada"
do Papa, em um meio de comunicação. Na segunda-feira, uma delegação parlamentar
representando Juan Guaidó reuniu-se com autoridades no Vaticano.
Sobre o encontro, Gisotti declarou
apenas que "precisa ser procurada uma solução justa e pacífica para
superar a crise, respeitando os direitos humanos, procurando o bem de todos os
habitantes do país e evitando um massacre."
(
Fonte: O Estado de S. Paulo )
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