quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

Formada Comissão Arns


                             
          
      Em oportuna homenagem ao recentemente falecido Cardeal Paul Evaristo Arns, foi oficialmente lançada em São Paulo, na Faculdade de Direito do Largo São Francisco, ontem, 20 de fevereiro, a Comissão Arns. Nesse contexto, o colegiado  considera que os  direitos humanos foram "agredidos, distorcidos e atacados" durante a campanha eleitoral de 2018.
                O grupo, formado por vinte líderes políticos e acadêmicos sob a liderança do ex-secretário de Direitos Humanos Paulo Sérgio Pinheiro, foi criado para atuar em defesa dos direitos humanos, sem inclinação partidária.
                  Segundo José Gregori, ex-Ministro da Justiça no governo de FHC  e um dos integrantes do grupo, a ideia de fundar a comissão surgiu no final de 2018, depois que "os direitos humanos foram agredidos, distorcidos e atacados na campanha eleitoral". Ele afirma que o grupo tem o propósito de ser apartidário.
                     Fazem parte do grupo o cientista político  André Singer, porta-voz do governo de Luiz Inácio Lula da Silva; Claudia Costin, ministra no governo de Fernando Henrique Cardoso; e o economista Luiz Carlos Bresser Pereira, ministro de José Sarney.
                      O lançamento teve a presença de nomes como Fernando Haddad (PT), Eduardo Jorge (PV), candidato à vice-presidência na chapa de Marina Silva, o vereador de São Paulo, Eduardo Suplicy (PT) e a filósofa Marilena Chauí. Nessa cerimônia, o grupo aprovou o estatuto, em que se pretende ampliar a defesa dos direitos humanos no Brasil.
                        Paulo Sérgio Pinheiro afirmou que o colegiado não será de oposição ao governo, mas está alerta "para eventuais retrocessos que possam acontecer".  Segundo ele, há um movimento global no sentido de "terminar com políticas de Estado de direitos humanos", algo que o grupo pretende  combater. A função principal da Comissão Arns é defender essas políticas sem fazer política."
                           Ainda segundo Pinheiro, a comissão constitui "mais um esforço entre muitos outros para proteger os poucos passos dados na direção de uma sociedade moderna, democrática, minimamente republicana."

( Fonte: O Estado de S. Paulo)

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