quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

O Rio e as Chuvas de Verão


                              

               Mesmo em épocas quando o Rio dispunha de bons prefeitos, o período das chuvas de verão era recebido com algum nervosismo, dada a costumeira intensidade dos aguaceiros.
                   Recordo-me de 1966, quando caíram fortes as torrentes estivais na Cidade Maravilhosa, e os estragos foram tantos que o então ministro das relações exteriores,  Juracy Magalhães, expediu despacho telegráfico aos postos no exterior, pedindo - em verdade determinando - que os diplomatas sediados nas embaixadas comparecessem com as suas contribuições, dados os muitos estragos sofridos com as ditas precipitações  pelo Rio de Janeiro.
                     Junto com meus colegas, que, na época, não eram muitos na Cidade Luz, mandamos o nosso contributo.
                       Lendo a primeira página de O Globo de hoje,  dou-me conta de que o tempo passa, mas continua essa rotina dos estragos e alagamentos  no Rio de Janeiro e nas cidades satélite.  E com os pés na lama, a chuva leva caos a várias cidades no entorno carioca.
                         Não importa a qualidade do Prefeito, porque as torrentes estivais não perdoam. Ainda que a extensão da desordem urbana decorrente possa ter muito a ver com o padecimento das comunidades afetadas.       

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