Mesmo em épocas quando
o Rio dispunha de bons prefeitos, o período das chuvas de verão era recebido
com algum nervosismo, dada a costumeira intensidade dos aguaceiros.
Recordo-me de 1966, quando
caíram fortes as torrentes estivais na Cidade Maravilhosa, e os estragos foram
tantos que o então ministro das relações exteriores, Juracy Magalhães, expediu despacho
telegráfico aos postos no exterior, pedindo - em verdade determinando - que os diplomatas
sediados nas embaixadas comparecessem com as suas contribuições, dados os
muitos estragos sofridos com as ditas precipitações pelo Rio de Janeiro.
Junto com meus colegas,
que, na época, não eram muitos na Cidade
Luz, mandamos o nosso contributo.
Lendo a primeira página
de O Globo de hoje, dou-me conta de que o tempo passa, mas
continua essa rotina dos estragos e alagamentos
no Rio de Janeiro e nas cidades satélite. E com os pés na lama, a chuva leva caos a
várias cidades no entorno carioca.
Não importa a
qualidade do Prefeito, porque as torrentes estivais não perdoam. Ainda que a
extensão da desordem urbana decorrente possa ter muito a ver com o padecimento
das comunidades afetadas.
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