Tudo indica que a crise
venezuelana continue a acentuar-se e a agravar-se. Acuado, o governo Maduro dificilmente terá condições
de controlar as situações, que inter-cooperam para lograr manter o próprio
poder que perdeu em duas frentes: (a) não tem condições de combater a fome e as
consequentes doenças oportunistas,que proliferam em um país sem estoques de
alimentos, assim como de medicamentos para combater as enfermidades que
decorrem da fome e da desnutrição generalizada; (b) afunda-se na grande maioria
da população venezuelana a consciência da incapacidade do atual regime de superar
o descalabro, que dele próprio surgiu.
Com a formação de um polo simbólico
de poder, constituído por seu
presidente, ungido pela legitimidade, surge o núcleo indispensável para que se
imante a força necessária para criar situação que viabilize a ajuda das
democracias para uma população que majoritariamente rejeita a corrupção, a
notória incompetência e a consequente situação de generalizada anarquia que
materializam um verdadeiro esquadrão de cavaleiros do apocalipse, que
cinicamente viabilizam a atual anti-situação que o chavismo criou com a fome, a
doença, a injustiça e todas as demais forças-auxiliares em um anti-regime como
o de Nicolás Maduro, em que um país com os recursos e as potencialidades da
Venezuela, é entregue, por uma governança incapaz e desonesta aos demônios da
hiper-inflação, da miséria e do consequente descalabro social, o que conduz ao paradoxo
da sua condenação terminal, eis que para a pobre gente dessa terra antes
próspera apenas o exílio surgiria como a solução do desespero.
Quando o paradoxo reponta como a
possível solução, ele em verdade ajuda a comunidade internacional a encontrar o
justo caminho nesse labirinto de miséria e corrupção, que é o produto do regime
chavista, agora já na sua fase terminal.
É hora de pôr fim a essa diabólica
construção de arbítrio e negação de justiça social. Jogar na lata de lixo da História tal
construção, em que a ganância, a injustiça e as mais baixas pulsões da
Humanidade se dão as mãos, constitui urgência
que trará honra à América Latina, para que renasça a Venezuela de Bolívar e de
todos aqueles grandes homens que honraram o legado do Libertador.
( Fonte: O Estado de S. Paulo )
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