Artigo
de Andrew Rosati, publicado pelo Estadão,
apresenta Leopoldo López como o
mentor de Juan Guaidó. Como se
sabe, López está em prisão domiciliar em Caracas. A sua atual situação - a que
este blog já se referiu - se deve a
demonstrações realizadas em Caracas,e que teriam preocupado o regime Maduro,
pela adesão popular que colheram. Desde então, Leopoldo López está em prisão
domiciliar.
Segundo a matéria, procedente de Caracas, a ascensão atípica de Guaidó se deveria em
boa parte ao seu mentor, Leopoldo López.
De acordo com essa versão, ao trabalho do grupo de López se deveria a
ascensão de Guaidó, que de congressista pouco conhecido tornou-se
o principal nome da coalizão a desafiar o presidente Nicolás Maduro.
Nas palavras de Lilian Tintori,
esposa de López: "Em casa ele
trabalha com toda a oposição,com todo mundo. Ele conversa com Juan Guaidó, que
agora é o presidente, com todos os membros do Voluntad Popular e também com os membros de outros partidos - os
maiores e os menores. Ele se encarregou de unir a oposição."
Nos últimos meses, a relação entre López e Guaidó foi fundamental para
que Juan Guaidó se tornasse presidente da Assembleia Nacional. Graças a acordo
de partilha de poder entre os quatro maiores partidos opositores, chegou a vez
do Voluntad Popular indicar seu nome
para ocupar o cargo. López apoiou Guaidó ( o partido tinha poucas opções, já
que muitos de seus quadros se acham presos ou no exílio).
Dias depois, Guaidó disse que disposição constitucional fazia dele o
chefe de estado interino da Venezuela, pois Maduro foi reeleito em processo
fraudado. Como se sabe, nas semanas seguintes,
o presidente Donald Trump e países vizinhos da América Latina o reconheceram
como o líder da Venezuela, e dele fizeram o centro de esforço conjunto para
derrubar Nicolás Maduro.
De um certo modo, as explicações fornecidas por López, a esposa Lilian
Tintori e outros buscam contextualizar o fenômeno Guaidó como a de um integrante
do partido Voluntad Popular. Como em outras operações do gênero, essa
relativização tem de ser inserida em um quadro maior, em que comparece o
inegável carisma, própria coragem e senso de oportunidade de Juan Guaidó.
A liderança e a coragem de Juan Guaidó se tem afirmado, e tal se reflete
nos fatos de que ele foi reconhecido pelos Estados Unidos e países vizinhos da
América Latina, e o Parlamento europeu, como líder central de movimento para derrubar
Maduro e presidente constitucional interino da Venezuela.
No entanto, para melhor
entendimento desse trânsito de Guaidó - o fato de que Juan tenha conversado com
cerca de 20 chefes de estado em vinte dias não se deveria apenas a seu
trabalho, no entender do deputado Juan Andrés Mejía, de Voluntad Popular:
"Também se deve às relacões que Leopoldo e Lilian criaram ao longo do tempo",
(
Fonte: O Estado de S. Paulo )
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