terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Nove governadores deixam rombo de R$ 71 bilhões


                             
        Nove governadores encerraram seus mandatos em 2018 com um déficit de R$ 71 bilhões para os sucessores (Tesouro Nacional). Não deixar dinheiro em caixa suficiente  para bancar as despesas de sua gestão é prática vedada pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e criminalizada no Código Penal, sujeita a pena de um a quatro anos de reclusão, embora até hoje ninguém haja sido responsabilizado formalmente.
            A informação prestada pelos governos estaduais confirma a tendência apontada por levantamento anterior, do Estadão, que já mostrava o risco de novos governadores herdarem o caixa no vermelho. Os dados são o retrato da situação delicada das contas desses Estados, que continuam com folhas de pagamento em atraso e negociam com o governo federal um pacote de socorro.

               Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Sergipe encerraram 2018 com um déficit que soma R$ 67,9 bilhões. Em praticamente todos eles faltou tanto  dinheiro não-vinculado (ou seja, que pode ser usado livremente em qualquer despesa) quanto vinculado (carimbado apenas para determinado gasto,como em saúde e educação).
                 Outros dois Estados (Pernambuco e Tocantins) e o Distrito Federal deixaram um rombo somado de R$ 3 bilhões apenas em recursos não-vinculados . Em tese, o dinheiro carimbado seria suficiente para cobrir essa insuficiência,mas na prática essa aplicação violaria a legislação. Ou seja, eles também descumpriram a regra da responsabilidade fiscal.  


(Fonte: O Estado de S. Paulo - seção Economia & Negócios )

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