O otimismo reinante
sobre o estado de saúde do Presidente Jair Bolsonaro, e a consequente expectativa de sua próxima alta,
a ser-lhe concedida pela equipe médica no Hospital Albert Einstein, fica submetido a inevitável
compasso de espera, diante da inesperada mudança na situação do estado clínico
presidencial.
A nova notícia - e se deve reconhecer
que nos últimos dias elas não têm sido das melhores - refere-se à circunstância
de que o Presidente precisará ficar hospitalizado por mais cinco a sete dias,
segundo afirmou o cirurgião Antonio Luiz Macedo ao Estadão. Na noite anterior,
Bolsonaro teve febre (38ºC) e uma tomografia detectou quadro de pneumonia, conforme boletim médico
divulgado a sete do corrente, pela equipe médica do Hospital Albert Einstein,
onde o presidente está internado desde o dia 27 de janeiro para a cirurgia de
retirada da bolsa de colostomia. A previsão inicial de alta era para hoje.
Ainda segundo o boletim, Bolsonaro
"continua sem dor, com sonda nasogástrica, dreno no abdômen e recebendo
líquidos por via oral em associação à nutrição parenteral (pela veia)".
Por ordem médica, as visitas permanecem restritas.
"Ele está tomando antibióticos,
fazendo fisioterapia, andando no corredor, mas isso vai levar mais ou menos de cinco
a sete dias para ser completamente debelado", disse o cirurgião Macedo, reforçando que o
presidente precisará continuar no hospital durante esse período. "Se tiver alta daqui, vai ter uma
sobrecarga absurda de trabalho e pode comprometer a saúde."
O médico classificou a pneumonia como
"sutil e leve" e disse que o quadro foi causado por uma fraqueza após
a cirurgia de reconstrução do trânsito intestinal, realizada no último dia 28,
que não alarma a equipe médica. "É
uma coisa bem levezinha", disse Macedo.
"Não é uma complicação
cirúrgica, mas é uma complicação que pode ocorrer pelo enfraquecimento que uma
cirurgia grande dessas acarreta, apesar da alimentação parenteral e de todos os
cuidados." Por enquanto, o presidente recebe apenas alimentação e
hidratação pela veia. Ainda não há previsão
para retomada da alimentação sólida.
Por sua vez, o Porta-Voz, Otávio
Santana do Rêgo Barros, a equipe médica estuda a possibilidade de Bolsonaro ter
de tomar café - bebida de que ele não gosta - antes da alimentação sólida.
Na coletiva, o porta-voz da Presidência
disse, entre outras coisas, que a preocupação dos médicos não foi alterada após
a constatação da pneumonia e da febre. Segundo ele, um novo antibiótico deve
ajudar a combater o quadro. "Os médicos não mudaram os procedimentos com
relação à administração de drogas, exceto a inclusão de uma nova droga. Não me
pareceu, segundo eu conversei com os médicos, uma alteração no nível de
preocupação", declarou o porta-voz.
Segundo Rêgo Barros, Bolsonaro tem feito
orações e está "convicto" na ação dos médicos. Sem embargo, na
entrevista coletiva, o general Rego
Barros disse que Bolsonaro ficou "triste" ao ser diagnosticado com
pneumonia, mas segundo o porta-voz, o presidente "já recuperou o bom humor
e está confiante que a situação será revertida rapidamente".
(
Fonte: O Estado de S. Paulo )
Nenhum comentário:
Postar um comentário