A primeira Ministra volta hoje ao
Parlamento, para de novo pedir apoio ao seu plano de separação da U.E. , ainda
que semanas antes do prazo final (29 de março). Com a sua comovente
superficialidade, como acionara o artigo 50, que estipula um cronograma de dois
anos, ela firmemente acredita que tudo vá
funcionar como se a burocracia agora tenha plenas condições de
funcionamento. Embalada por tal miragem, e para afastar o Reino Unido da
Comunidade Europeia, ela contraria os planos
e sobretudo os sonhos de muitos jovens (V. palavras do antecessor John Major).
Nesse sentido, ela quer sair com um
acordo, embora não tenha muito clara a programação que terá pela frente. Por
isso, tem pedido a Westminster prorrogações de prazo, porque ela se encasquetou
que tem condições de viabilizar um acordo de separação, com o backstop ao cabo, como verdadeira cereja
de bolo. Tal mirífico acordo
supostamente evitaria os controles na fronteira entre a Irlanda do Norte,
território britânico, e a Irlanda que faz parte da UE.
Pelo que dizem os técnicos no
assunto, são indizíveis as dificuldades criadas pelo backstop, e dai a extrema improbabilidade de que ele possa vir a ser
construído, como especial homenagem à Senhora May.
Há um óbvio segredo no ganhar
tempo. Se é feito debalde, e se o tal backstop não passa de miragem, as
perspectivas de um brexit duro, de
repente sem qualquer acordo, torna-se incômoda
realidade, que não consegue lidar com a
decorrente burocracia, assim como com a inerente dificuldade na construção do backstop, que pode estar na mente confusa
de Mrs. May, mas não nos países arrastados para uma burocracia complexa e pouco
manejável.
Daí, esse ganhar tempo da May pode não resolver coisa alguma, e criar um
imbroglio burocrático a que não
interessa a nenhum dirigente comunitário resolver, porque se foi feito por
causa de Theresa May, que ela cuide de solucioná-lo...
(
Fontes: O Estado de S. Paulo, The
Independent )
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