Os principais
sindicatos de caminhoneiros venezuelanos se associaram ontem em Caracas para
dar apoio ao presidente interino Juan Guaidó. Nesse sentido, eles prometeram buscar a ajuda
humanitária enviada pelos Estados Unidos,
que está armazenada em Cucuta, na fronteira com a Colômbia.
Segundo transpirou, mais de trezentos
caminhões tentarão cruzar as fronteiras da Venezuela para recolher alimentos e
remédios na Colômbia e no Brasil."Esperamos abrir a fronteira para colher
alimentos, remédios e pneus", disse o sindicalista Hugo Ocando. "Mais de 90% da categoria
apóia a Oposição."
Ontem, dia vinte de fevereiro, o
presidente interino Guaidó detalhou parte do plano para convencer os militares
a autorizar a entrada de ajuda no sábado, em estratégia que abrange manifestações diante dos quartéis
e mobilização de voluntários na fronteira.
O chavismo reagiu com a proibição de
partidas de embarcações de todos os
portos e ameaças de "resistir" a uma suposta invasão estrangeira.
"Vamos nos concentrar nos
quartéis pacificamente, mas de forma contundente", afirmou Guaidó durante
reunião com caminhoneiros. "Iremos a cada um desses postos exigir ajuda
humanitária."
O presidente interino não
esclareceu se viajará no sábado para alguns dos pontos de fronteira, dizendo
apenas que estará "na rua".
Guaidó - que voltou a pedir que
os militares rompam com Maduro - revelou outrossim que a ajuda deve entrar
"por terra e por mar", esta última pelos portos de La Guaira e Puerto
Cabello. Em resposta, o governo da Venezuela suspendeu as saídas de embarcações
de todos os portos do país, até o próximo dia 24.
Nesse sentido, documento de
instrução militar informa a "suspensão das partidas de embarcações de
todos os portos" por razões de suposta segurança, mas tampouco explica o que acontecerá com as
embarcações, assim como os navios, que estejam por atracar. Dá como razão para
tais providências que "grupos do crime organizado" e "promotores
de violência" planejam realizar "ações" que podem servir para
"criar falsos positivos e culpar o
governo" e as Forças Armadas.
A vice-presidente da
Venezuela (e presidente da Constituinte chavista ) - e como se diz no sul, pau pra toda obra - Delcy Rodriguez anunciou que "O presidente Maduro instruíu o
chanceler Jorge Arreaza, a colocar sob
revisão as relações com Bonaire, Aruba e Curaçau (Antilhas holandesas).
É patético que o governo
Maduro se empenhe em dificultar a entrada da ajuda no país. Nas palavras de
Luis Vicente León, do Datanálisis "o que o governo está tentando fazer é minimizar o impacto (da
ajuda humanitária). De alguma forma, a ajuda vai chegar." Oxalá.
(
Fonte: O Estado de S. Paulo )
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