Hillary Clinton escolheu Tim Kaine como seu companheiro de chapa.
Esta seleção indica, como refere o artigo de The New York Times, os seguintes tópicos: (a) estado contestado: a Virgínia é um swing state (estado cujo apoio pode ir para um ou outro lado). Daí
a importância de indicar como vice-presidente um político popular neste estado;
(b) Kaine tem raízes na classe trabalhadora; e (c) é fluente em espanhol.
Além de ter boa química com a candidata,
Kaine, ex-governador da Virgínia, tem assento no Comitê de Relações Exteriores
do Senado, qualificações importantes
para ajudar no sucesso da chapa democrática.
Hillary preferiu Kaine ao invés de
escolhas mais ousadas: (a) Thomas E.
Perez, o atual Secretário para o Trabalho, que teria sido o primeiro
hispânico na chapa de um grande partido; (b) Senadora
Cory Booker, de New Jersey, a primeira afro-americana candidata à
Vice-presidência; (c) James Stavridis,
ex-Almirante de quatro estrelas que serviu como comandante supremo aliado, mas
nunca exerceu cargo eletivo.
De acordo com a sua natureza, Hillary
preferiu a escolha menos ousada. Por outro lado, é impossível contentar a
todos. No entanto, Kaine goza de boa sustentação, e pode ajudar bastante a
candidata. É católico apostólico-romano, fluente em espanhol, e muito popular
na Virgínia.
Ao escolhê-lho, a candidata terá de
forçosamente desagradar a alguns, como os liberais no comércio.
Dada a atitude do candidato
adversário, não é de esperar-se que ele e seu grupo possam elogiar a chapa de
Hillary. Qualquer que seja a opção, o GOP,
atrelado a candidato polêmico e contestado por número apreciável de
correligionários, será sempre negativo na avaliação da chapa democrata, e ainda
no que tange a Hillary, por quem nutrem uma negação que bordeja o histerismo.
Sem dar-se conta, o GOP, atribulado por um cabeça de chapa
contestado e até odiado por muitos republicanos sangue-azul, investe com fúria
taurina contra Hillary Clinton, a que muito temem, e que por isso buscaram
derrubar desde o affaire da Líbia
(assassínio do embaixador Chris Stevens)
até o anti-affaire do servidor
privado de e-mails ...
Pela boa recepção dada ao simpático Tim Kaine, Hillary semelha ter feito
ótima escolha para vice: não é controverso, é simpático e soma, tanto na Virgínia,
quanto alhures, para os católicos e a comunidade hispânica.
( Fonte: The New York Times)
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