Mais um atentado do E.I. mata 83
pessoas, inclusive crianças de colo, em avenida de Nice. Multidão participava de desfile do Dia da
Bastilha, a data nacional da França. De repente, na cálida noite, surge
caminhão pesado, dirigido por francês de origem tunisina, que a todos
surpreende, investindo contra aquela multidão que acreditava festejar aquele
dia, de que nascera, em difícil parto, a liberdade no Ocidente.
As informações ligam esse morticínio a mais
um kamikaze surgido do nada, Mohamed Lahoualej Bouhel, que, com 31 anos de
idade, foi abatido pela polícia.
A
França continua a pagar o preço de ter quota demográfica de franco-árabes, em
geral engrossando o proletariado dos subúrbios, e, portanto, faixa aberta à propaganda do Exército
Islâmico, que paga os seus terroristas com as promessas de ingresso no paraíso
muçulmano, onde lhes esperam huris (virgens), no modelo submisso do Profeta.
Que tal gente seja empurrada para os
HLM da periferia - em que a raiva dos rejeitados da sorte carece de espirrar
para fora, nos espaços da mídia, nas
cidades modelo-turista - explica boa parte dessa perversa equação, mas não
tudo.
Relativamente próxima da sede do
Exército Islâmico, em Raqqa, e com todo esse proletariado interno corroído pela
raiva e pela falta de perspectivas (a que se deve adicionar boa dose de
preconceito da população européia), o E.I. e o seu califa al-Baghdaadi, com a peçonha do ódio racial, dispõe de parcela
não-negligenciável que está pronta a sacrificar-se como se herói fora, e pôr,
assim, termo a existências que crêem sem sentido em meio a tantos infiéis.
Hoje, muitos países europeus pagam
o pesado resgate de suas passadas conquistas no Levante próximo, assim como o decenal
aproveitamento da barata mão-de-obra islâmica. Estão aí para que não pensem que
se exagera os árabes (dos Países Baixos), que a alta taxa de natalidade promete
no porvir a maioria na terra dos gentios, os turcos (na Alemanha, vítima de
germânico controle da natalidade), mais árabes na ricaça Suiça (em que
perseguidos pelas quotas e pelos prazos, lutam por permanecer na terra da
fartura), e, não por último, no hexágono francês, que agora, tem de lidar com
pesada quota (devem andar pelos dez milhões) a parcela dos árabes que emigrara para o continente, escorraçada por conquistas imperialistas.
É esse o proletariado interno de
que nos fala A.J.Toynbee, aquele que vegeta em terra alheia, que abomina,
enquanto espera pela oportunidade de apossar-se da riqueza e fartura do homem
branco, e execrado conquistador, em um passado que os fracos e oprimidos não esquecem jamais.
( Fontes: A. Toynbee, França, Exército Islâmico e New
York Times )
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