O
Prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes,
em entrevista a CNN, declarou que o Estado do Rio de Janeiro está fazendo um
trabalho terrível na segurança (para os próximos Jogos Olímpicos).
Como se sabe o Estado acha-se atravessando séria crise financeira. No entanto,
depois da declaração pelo governador Francisco
Dornelles de "estado de calamidade pública", a União, através do
governo interino do Presidente Michel
Temer, prometeu dar os fundos necessários para bancar o magno certamen.
Com a injeção financeira, o Estado
disporá dos meios indispensáveis para terminar as obras do metrô até a área
olímpica, assim como proceder a outras indispensáveis providências para a
viabilização do magno evento.
Estamos diante da desinteligência aparente entre
o Estado do Rio de Janeiro - que deve cuidar da segurança na antes chamada Cidade
Maravilhosa - e a Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. Tal se deve à circunstância de que atualmente existe verdadeira guerra entre o tráfico e a
criminalidade de um lado, e de outro a Polícia Militar, guerra essa que - por uma série de circunstâncias
que aqui não cabe aprofundar - a P.M. está por ora perdendo diante do crime
organizado.
Como é gigantesco o aporte previsto
pelos encarregados da segurança olímpica - que está a cargo precipuamente dos ministérios
militares, notadamente o do Exército e o da Marinha, conquanto tampouco se
exclua o Ministério da Aeronáutica - não creio que haverá problemas nessa área.
Sei que é uma afirmação crítica, dados os desafios apresentados na atualidade
tanto pelo crime organizado, quanto pelas organizações terroristas, com o assim
chamado ISIS à frente.
Todo o esforço das entidades
especializadas nacionais e internacionais nessa luta - que será dentro do
possível preventiva, embora não se possa igualmente excluir os necessários
destacamentos para coibir qualquer intento terrorista ao ensejo de um público
multitudinário que acorre aos estádios, abertos e fechados, para assistir aos
jogos, e o qual carece de ser adequadamente protegido, em intervenções localizadas
e preventivas, para que tudo transcorra dentro da tranquilidade e da ordem.
Para o Prefeito Eduardo Paes, o
problema na saúde, ora existente, se acharia
na suposta incapacidade de gestão até
agora manifestada pelos órgãos dependentes da autoridade estadual. É conhecida
a crise que atravessa o governo interino do vice-governador Francisco
Dornelles. Para o Prefeito Paes, o problema seria de gestão, porque os recursos
já teriam sido alocados.
Semelha relevante que se a
autoridade estadual não estiver em condições de desempenhar as respectivas
atribuições, como os recursos já teriam sido disponibilizados, trata-se
simplesmente de encarregar alguém com plenos poderes (e a capacidade pessoal
correspondente) para geri-los da forma mais apropriada e coordenada, com vistas
a que também a questão da saúde seja adequadamente atendida.
Tenha-se presente que no
passado, diante da aparente confusão nos Jogos Pan-Americanos (2007), também
realizados no Rio de Janeiro, e a manifesta incapacidade do então Prefeito
Cesar Maia de atender o desafio, foi chamado e investido dos poderes
indispensáveis o então jovem político
Eduardo Paes, que logrou desincumbir-se a contento daquele desafio.
Como Paes ora se acha desempenhando,
na sua qualidade de Prefeito do Rio de Janeiro, múltiplas funções relativas à
realização das Olimpíadas, parece que o mais oportuno seria solicitar-lhe que
designe alguém para exercer tais funções de czar relativas à área da saúde,
funcionando de forma auxiliar, mas com plenos poderes nessa área, para que os órgãos da saúde estejam em plenas
condições de associar-se ao magno esforço olímpico. Nesses termos, e no quadro
estadual, o Governador interino Dornelles, delegaria a esse encarregado da
gestão do setor sanitário, escolhido pelo Prefeito Paes, os poderes necessários
para o pleno exercício de tão importante função.
O passado é testemunha de
que diante de magnos desafios a autoridade brasileira tem encontrado as devidas
soluções para assegurar o bom desempenho de certames internacionais.
Essa medida
extraordinária - que corresponderia ao envolvimento da União, através do
Presidente interino Michel Temer, do Estado, por meio do Governador interino,
Francisco Dornelles, e do Prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes - daria a
meu modesto ver todas as indispensáveis condições para que todos os serviços se
entrosem também no campo da saúde, atendidas as condições especiais de urgência
e de excepcionalidade ditadas pelo magno evento a que o Brasil dará todo o necessário
atendimento, como em inúmeras outras ocasiões no passado.
( Fontes: Site Globo-on line; O Globo, O Estado de
S.Paulo, Folha de S. Paulo e The New
York Times)
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