Procuradoria denuncia Lula
O MPF apresentou em Brasília à Justiça denúncia contra Lula da Silva,
o ex-Senador Delcídio do Amaral, o
banqueiro André Esteves, o pecuarista
José Carlos Bumlai, e mais três
acusados de agir para atrapalhar
investigações da Lava-Jato.
Como assinala o Estadão, o caso se refere à
tentativa de impedir a delação premiada
do ex-diretor da Petrobrás, Nestor Cerveró.
No caso de a denúncia ser aceita,
Lula da Silva será transformado em réu por primeira vez.
Não foi divulgado o nome do juiz
federal que analisará a denúncia.
Dilma e o Caixa 2
O publicitário João Santana e a mulher e
sócia, Mônica Moura, assumiram
ontem, em audiência com o Juiz Sérgio
Moro, haver recebido dinheiro via caixa 2 da campanha que elegeu Dilma
Rousseff em 2010.
O casal alegou ontem que US$ 4,5
milhões recebidos em conta na Suiça
tiveram como origem caixa 2 da primeira campanha de Dilma Rousseff.
Santana foi o marqueteiro das campanhas de Lula e de Dilma entre 2006 e 2014. Ele e Mônica Moura, sua
mulher, estão presos desde fevereiro
último e respondem a ação penal acusados
de receber propina do esquema de desvios de dinheiro da Petrobrás.
No depoimento a Moro, Mônica
Moura disse estar disposta a colaborar
com a Justiça, mas só o fará depois de assinar
acordo de delação premiada.
Não obstante, o casal admitiu
ter mentido em um primeiro depoimento,
em fevereiro último, ao apontar a origem
do dinheiro como serviços prestados a campanhas eleitorais no exterior.
Assinale-se que por este
depoimento se esboroa a farsa de Dilma Rousseff como se as respectivas
campanhas tivessem sido bancadas com dinheiro limpo.
Com isso, Curitiba e o juiz
Moro se aproximam das questões da ex-presidenta, que sempre alegara ter sido
eleita por meios e recursos legais. E agora dona Dilma?
Julgamento da Presidente afastada
Enrola-se o Senador Cristóvam
Buarque em estranha atitude que, apesar de constar do ramo ético, se tem
sistematicamente recusado a abrir o seu voto quando do futuro julgamento de
Dilma Rousseff. Em não se tratando de questão de lana caprina, mas sim de confirmar ou não o afastamento definitivo
da presidenta, compreende-se que os eleitores o monitorem com atenção, e
crescente inquietude.
Nesse campo, portanto, para
lá de estranha, reponta a sua cuidada ambiguidade. Compreende-se, por conseguinte, que uma
senhora se haja recusado a cumprimentá-lo, exatamente por tal postura que não
se coaduna com as suas afirmativas de ordem ética.
Em questões capitais como
essa, a postura equívoca costuma ser o refúgio de outro tipo de gente, e não de
um senador que diz cingir-se de altos padrões éticos. Sem embargo, com relação
a essa votação - que serve para separar o joio do trigo - querer encontrar uma
sinalização clara é tarefa de desanimar qualquer um, ou então irritar eleitores
que começam a ver no tecido de ambiguidades que são as respostas do nobre
Senador uma indicação pouco tranquilizante de o que pretende na realidade o
representante de Brasília.
Pois, para que tantos
subterfúgios que afastam eleitores como a senhora por ele citada no próprio artigo,
se S.Exa. está armado de boas intenções ?
A Federação Russa está fora do Atletismo
Olímpico
A Corte arbitral do Atletismo Olímpico, diante das
evidências, negou o recurso interpelado por 68 atletas que se diziam
'injustiçados' pela suspensão por doping imposta pela Federação Internacional
de Atletismo.
Emulando passados usuários
inveterados do "doping esportivo",
como a antiga RDA (a então Alemanha comunista), a Rússia sob gospodin
Putin tem aplicado o doping de forma ampla e sistemática,
como se viu, v.g., nas Olimpíadas de Inverno de Sochi. Como já foi referido
neste blog, esse recurso ilegal - que
não só modifica os resultados, mas também prejudica e muito os atletas - tem
sido empregado sistematicamente pelo Governo da Federação Russa.
Para que se entenda melhor essa
peculiar característica do esporte na Rússia, se impõe a leitura do livro da
professora americana Karen Dawisha "Cleptocracia de Putin".
No ramo do esporte, o doping - a que tem recorrido de forma
sistemática a Rússia - é um flagelo que faz grande mal aos atletas que dele se
servem (ou são obrigados a dele servir-se), não só por alterar resultados e
marcas atléticas, mas também e sobretudo por prejudicá-los fisicamente.
É um artifício anti-esportivo, e não só por dar capacidade aos atletas que
dele se servem para ir muito além das próprias possibilidades normais, mas
igualmente por causarem sérios desajustes nos próprios organismos, com ameaça à
respectiva saúde. Por todos esses motivos, o doping é um recurso banido do esporte, pelo mal que ele produz
tanto no atleta, quanto no desvirtuamente das respectivas capacidades.
( Fontes: Estado de S. Paulo; Putin`s Kleptocracy,
Karen Dawisha.)
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