segunda-feira, 4 de julho de 2016

Hillary versus Trump

                                     

       Colunista do New York Times, faz avaliação dos dois pré-candidatos à eleição presidencial com que concorda em boa parte.
       Partindo da premissa de que os dois virtuais candidatos têm falhas (flawed) e defeitos, eles não os possuem de forma idêntica. Na avaliação de Charles M. Blow, enquanto Trump cava mais fundo os próprios buracos, Hillary permanece firme em alguns, e está conseguindo sair de outros.
        O colunista compara a sua alocução dada no início do mês - que foi considerada importante discurso de política exterior, e que foi avaliada como igualmente penetrante quanto o discurso econômico em Ohio.
         As respostas de Trump a tais análises sólidas e penetrantes foram ou superficiais, através do Twitter, ou recheadas de inúmeras falsidades. O site PolitiFact - que chequeia afirmações de Trump - avaliou a maior parte de suas assertivas como 'falsas' .
          Segundo o Instituto Gallup, Hillary e Trump estão entre os candidatos presidenciais pior avaliados nos últimos setenta anos.  Sem embargo, a marca de Trump (42% negativo) supera de longe os 33% de Hillary.
           Em dois discursos importantes - sobre política externa  e sobre política econômica, Hillary apresentou análise séria, presidencial e contundente, das propostas do rival republicano.
            Também os supostos defeitos de Hillary, reagindo aos ataques terroristas em Orlando e na Turquia, e ao Brexit na Inglaterra, que a apresentam  como muito cautelosa, começaram a aparecer como firmes, serenos e ... presidenciais.
              Já Trump coleciona tropeços, eis que  defronte desses desafios, ele claudica e tropeça nas respostas, parecendo cada vez mais ... Trump.
              O grande problema de Hillary está no fato de achar-se sob o exame pendente do FBI acerca de seu comportamento no que concerne ao famigerado terminal de servidor privado para e-mails, há quase quatro anos atrás, quando foi Secretária (Ministra) do Departamento de Estado, durante o primeiro quadriênio de Barack Obama.
               Que o seu comportamento não haja inovado na matéria, eis que antecessores seus dele se valeram (pela mera circunstância de que lhes facilitava a própria missão diplomática), assim como que a autoridade competente (o FBI) haja tardado quase quatro anos para vir afinal a submetê-la a esse tardio exame burocrático,  praticamente às vésperas da Convenção de Filadelfia, será que tudo isso não  semelha já o bastante para eximi-la de outras tardas intervenções da burocracia federal ?


( Fonte:  The New York Times )

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