Estupro coletivo
Será que espanta mesmo, em uma cultura como a do presente, que uma jovem de dezesseis anos seja vítima (pois é
esta a única palavra aplicável) de trinta e três machos boçais, em uma favela
na Praça Seca, nesta cidade do Rio de Janeiro, outrora Cidade Maravilhosa, e
antes ainda mui leal e heróica, patrocinada por santo flechado na cruz?
Rivalizando em falta de sensibilidade e
de um mínimo senso de respeito, um deles se permitiu divulgar na internet nessa, por vezes, fossa dos costumes e da
desregras da atualidade, debochar da vítima, jogada na cama e sangrando. '
Quando acordei, tinha 33
caras em cima de mim', disse a adolescente no hospital, onde tomou remédios
contra HIV e a pílula do dia seguinte.
A respeito, o jornal sentencia que para
especialistas, o crime é resultado da impunidade e de uma cultura machista.
Isto é transformar cada crime
individual em esfregão bem enxovalhado pela fraqueza da legislação, e a
hipocrisia da sociedade. Diluem-se os crimes - e aí temos um que é
indescritível, pela baixa, ignóbil covardia de todos os responsáveis. Cada
indivíduo que se cevou da jovem indefesa não pode ocultar-se em genéricos
chavões como 'impunidade' e 'cultura machista', nem atribuir ao objeto de suas ignóbeis pulsões - que
melhor estariam em matilha de bestas ferozes - a culpa, que soi caber nesses
relatos a quem se tornou o espelho da baixeza e do mau-caratismo que, covardemente,
se dissimula no coletivo.
Cargos de confiança consomem 35% da
Folha.
Denunciado pelo jornal,
tal deveria ser saudado por um Administrador correto e consciente de suas
obrigações com o Erário, em um incentivo para desbastar essa mesma Folha do
excesso desses cargos, que como parasitas em árvore, retiram muito da seiva que
melhor serviria, se objeto de mais atenção e menos desperdício.
É uma vergonha ,como dizia aquele
locutor, faz tempo, que haja 346 mil ocupantes de cargos de confiança e
comissionados.
Sufocado por essa terceirização
- que é muito mais danosa do que aquela consumida pelos anônimos e muita vez
explorados terceirizados - o bom senso deveria entrar nessa floresta do
privilégio e dos chamados aspones,
que são os sucessores daqueles que, nas velhas repartições, penduravam no
encosto das cadeiras os sovados casacos, e se mandavam para outros empregos,
certos da conivência das chefias.
( Fonte: O Globo )
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