A principal ação do Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, divulgada ontem à noite,
foi a denúncia contra o ex-Presidente Lula
da Silva ao Supremo Tribunal Federal por tramar a compra do silêncio do
ex-diretor da Petrobrás, Nestor Cerveró. A acusação em tela, portanto, é de
obstrução de Justiça. A esse respeito, o PGR Rodrigo Janot declara que há
provas de negociação do silêncio de Cerveró, além da delação do Senador
Delcídio do Amaral (ex-PT-MS).
O Procurador pediu ainda a inclusão de
Luiz Inacio Lula da Silva e outros vinte e nove no principal inquérito no
Supremo Tribunal Federal. Para Janot, segundo declarou, o petrolão "jamais poderia ter funcionado por tantos anos e de uma forma tão ampla e
agressiva no âmbito do governo federal sem que o ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva dela participasse."
O Procurador-Geral também pediu
abertura de inquérito sobre a Presidente Dilma Rousseff, o ex-Presidente Lula
da Silva e o Ministro José Eduardo Cardozo, Advogado-Geral-da União (AGU) por
suposta tentativa de obstrução da Justiça. Tais providências foram tomadas um
dia depois de o PGR Rodrigo Janot pedir abertura de investigação sobre o
Senador Aécio Neves (PSDB).
É de assinalar-se que o ex-presidente
já foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo por lavagem de dinheiro
e falsidade ideológica na aquisição do triplex no Guarujá. A denúncia foi remetida ao juiz Sérgio Moro, que também investiga Lula.
Mas a análise do caso pelo juiz Moro
está suspensa pelo Supremo, sem data para ser julgada.
Em outra frente de investigação, no
chamado inquérito-mãe da Operação Lava-Jato que tramita no STF e apura o
crime de organização criminosa, Janot
fez duras acusações ao ex-presidente, considerado peça-chave para o esquema de corrupção na Petrobrás.
E nos autos desse processo está a
assertiva já referida acima, do Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot:
"Pelo panorama dos elementos probatórios colhidos até aqui e descritos ao
longo dessa manifestação, essa organização criminosa jamais poderia ter funcionado por tantos anos e de
uma forma tão ampla e agressiva no âmbito do governo federal sem que o
ex-presidente Lula dela participasse."
(Fontes: O Estado
de S. Paulo, O Globo, Folha de S. Paulo)
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