Por larga maioria, 55 votos contra 22 , Dilma
Rousseff foi afastada. . Enquanto funciona o governo provisório
presidido por Michel Temer, decorre o prazo de julgamento.
Na noite de ontem e na madrugada de hoje,
o Senado Federal aprovou a admissibilidade do afastamento da
Presidente, com vistas a que se proceda ao juízo da governante Dilma Rousseff,
dentro de cerca de 180 dias.
Nesta segunda experiência do impeachment no Brasil (a primeira foi
com o presidente Fernando Collor) não
se trata só do afastamento de Dilma Rousseff, mas também do esquema de
governança do lulo-petismo, que introduziu, com os chamados movimentos sociais
(a maior parte financiada com dinheiro público), o modelo sindicalista, com
muitas semelhanças ao peronista (Argentina) e ao bolivariano (Venezuela).
Enquanto o peronista foi afastado pelas
urnas, o bolivariano, sob a chefia do inepto Nicolás Maduro se debate em crise que aparenta ser terminal.
No Brasil, foi a corrupção o
principal coveiro do poder lulista, com as pedaladas do governo
Dilma, associada a vários tipos do artigo
171: o estelionato eleitoral do pleito de 2014, os escândalos do Petrolão e
do Mensalão, entre outros.
Apesar da estridente banda de música
do PT, é grande o apoio popular ao impeachment
e à perspectiva que oferece de governo menos incompetente e não-envolvido em
escândalos, como os que têm sido sinalizados, acusados e punidos, pela Operação Lava-Jato, a Polícia Federal, o
Ministério Público Federal e o Juiz Sérgio Moro.
É de esperar-se que o Governo provisório de
Michel Temer comece a limpar as cavalariças de Áugeas, principie a recuperação
de nossas finanças, mantenha e reforce a democracia, evitando e coibindo, quando
for o caso, as provocações dos chamados movimentos
sociais, pois se o direito de demonstração pública é parte integrante da
democracia, ele não deve ser adulterado, nem corrompido, dirigindo-se a cercear
o direito da população de circular livremente pelas vias públicas, nem a atrapalhar
de qualquer forma o direito de todos de viver em sociedade.
Com o fim - esperemos - da
política de aparelhamento do Estado, procedida
por todos esses anos com tanto diligência partidária pelo PT de Lula, que o
governo provisório de Michel Temer dê o bilhete azul a esses emboabas do
poder. Vamos ter respeito pelo
contribuinte, e vamos tratar de dar significado concreto aos milhões de reais
que se arrecadam, não mais para engordar as bolsas partidárias, mas para
melhorar a vida das comunidades, com saneamento básico - que melhor remédio
instrumental para combater essas terriveis endemias que passaram a acrescentar
a urgência, com o mosquito Aedes Aegypti,
a dengue, o chicungunha, e a terrível zika, de realizar a limpeza das favelas, a criação de áreas
saneadas, em que os seus moradores se
transformem em reais comunidades, e passem a ter existência digna, livre dessas terríveis
doenças da pobreza.
Não
se pode virar a página de tantos malfeitos em passe de mágica, mas com o
combate ao maior dos males do subdesenvolvimento, que é a corrupção. Que possamos
iniciar batalha digna, sem mágicas, com
trabalho e sobretudo correção, para que se vire a página deste país abençoado
pela Natureza, e amaldiçoado por tantos governos, que não pensaram na coisa
pública, a Republica, que
clama há anos e décadas por atenção, trabalho e justiça - não para uns poucos, mas para
todos, na Pátria grande que deve ser o Brasil.
E antes que seja tarde, tampouco nos esqueçamos de
arquivar para sempre a política dos coronéis, porque é impositiva e
antidemocrática, põe o favorecido (ou a favorecida) no lugar que só deve ser
preenchido pelo voto popular, sem indicações nem padrinhos.
Com efeito, se algo o Brasil carece de superar com presteza é essa política - pouco importa a sua vestimenta e
extração social - sobretudo pelo que tem
de arregimentação indevida e cínico
travestimento da Democracia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário