quarta-feira, 25 de maio de 2016

Congresso Aprova Meta Fiscal

                             


       Durante votação que se estendeu pela noite de 24 a 25 do corrente, o Congresso acabou aprovando a meta governamental de déficit nas contas de R$ 170,5 bilhões para o corrente ano.
       Por iniciativa do Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, se lançou pacote de medidas para equilibrar as contas públicas, com a fixação do teto, que inclui  limite para todas as despesas, incluídas saúde e educação.
       O que se procura inserir na ordenação das despesas, é a ordem fiscal, que sob Dilma Rousseff fora substituída pela confusão fiscal.
        À cata de recursos para saldar os débitos, o Governo venderá  R$ 2 bilhões do Fundo Soberano, assim como deseja antecipar o pagamento de R$ 100 bilhões do BNDES ao Tesouro.
        Nesse contexto, a 'mágica'  vem do próprio inventor de Dilma, a saber, Lula da Silva, que a folhas tantas, encantou-se com a suposta mágica de seu Ministro Guido Mantega, no que tange às chamadas capitalizações.
        Lula pensou que as ditas 'capitalizações' poderiam substituir a contento os déficits fiscais (falta de dinheiro de origem tributária), através do BNDES. Como não é possível, em contabilidade séria, substituir o  dinheiro recolhido pelo Erário através dos instrumentos fiscais por numerário que não tenha tal fonte, todos os recursos que não possuam origem tributária terão de ser, mais cedo ou mais tarde, repostos, como ora está ocorrendo ( V. exemplo da prevista devolução pelo BNDES ).
         Em termos de saúde e educação, assim como no que tange aos programas como bolsa-família, eles carecem de ser auditados e vistoriados regularmente, para que se evite a inchação de tais programas pela corrupção ou pelo seu substituto light, o notório jeitinho.
         Como os seus idealizadores (nada a ver com o PT, que gosta de enfeitar-se com a seda alheia) previram, a bolsa-família (que no passado se chamava bolsa-educação) deve ter entrada e saída. Sem as auditorias necessárias, o que ocorrerá é a inchação pela corrupção de programa que carece de ter finalidade social - incentivar a educação dos filhos - e por isso não deve ser modelo Maranhão, que é o campeão nacional dos beneficiários dessa bolsa (cerca de 91%!). Na prática, o atalho para a sua desvirtuação é engrossá-la com pessoal que nada tem a ver, seja pelos rendimentos, seja pela posição social, seja por carências na educação, com aqueles que façam jus a receber tal benefício.
          Bolsa família em democracia séria não é instrumento de poder eleitoral - como se verifica nos países da órbita demagógica, que, em geral, a exemplo de que se observa na Venezuela e alhures, têm pavio curto na esfera sócio-política, e destino certo no descalabro social - e sim meio de reintegrar as classes D e E na sociedade, e não como mendicantes sem prazo de saída.      


( Fonte:  O  Globo )        

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