Depois de treze anos no poder, o partido de Lula deve
ora preparar-se para outro desafio. Com
a próxima saída de Dilma do governo - deve ocorrer após a votação pelo Senado
da confirmação do impeachment já
decretado pela Câmara dos Deputados - Michel Temer assumirá a presidência por
180 dias.
O
Globo de hoje estampa em manchete que será de dez mil o número de cargos de
confiança ocupados por filiados do PT que estarão à disposição do presidente
interino. Os petistas estão distribuídos entre ministérios, presidência e Banco
Central.
Na verdade, o jornal alude apenas aos
cargos DAS (Direção e Assessoramento Superior), mas não aos inúmeros outros de
funcionários administrativos e de apoio, e até em nível subalterno, que como se
sabe tem sido preenchidos com uma quota fixa desde o início da primeira
presidência de Luiz Inácio Lula da Silva.
São enfiados em todas as repartições
do estado esses militantes petistas, o que faz parte do aparelhamento dos cargos
estatais - dos altos até os baixos, sem exceção.
O ingresso dessa gente dá-se de forma
sistemática. Com o azeite do Estado, essa turma inesgotável de militantes
petistas (ou que viram petistas por conveniência própria, desde que tenham bons
padrinhos) são encafuados com comovente regularidade.
O Partido dos Trabalhadores encara o
engajamento dessa infindável tropa com muita seriedade e nenhum desprendimento,
eis toda essa cambada é engajada a custo zero dos pobres tesoureiros do PT, os
quais, antes de caírem nas garras da lei e serem expedidos para as melhores
cadeias do país, não carecem de preocupar-se com os ordenados dessa turma, pois
será a Viúva (e, em fim de contas todos os contribuintes que comparecerão para custear esse maravilhoso projeto de LILS
(só se dão aqui as iniciais, dada a modéstia do genial idealizador desse
esquema fantástico que nada custava para o PT e tudo para a Viúva). Só de
lembrarem-se disso a turma do PT e também do seu mais próximo aliado, que tanto
se confunde com esse exército que já providenciou a respectiva incorporação,
choram lágrimas - não de Péricles, a discursar sobre as mortes de atenienses na
Guerra do Peloponeso - mas sim por outro estadista, menos intelectual decerto,
mas ele também um grande hoplita se se trata de defender às custas de outrem o
proletariado indefeso.
Com essa enorme boca - que vai acabar
muitíssimo em breve - compreende-se que
o movimento baixou muito tanto no Guarujá, quanto no sítio de Atibaia, sem
falar nos outros pousos de Sua Excelência, em São Paulo - com o risco não só de fechar a
entrada, mas também de receberem aqueles bilhetinhos azuis, com que até hoje
nenhum petista teve de preocupar-se.
( Fonte: O
Globo )
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