Queda na Competitividade
Continua a crise do Brasil no comércio
internacional. De acordo com o Anuário da Competitividade Mundial, nosso país
continua em queda livre no comércio exterior.
Em 2010, ano 1° da assunção de D. Dilma, o Brasil era o 38°. Desde
então, despencamos dezenove posições.
No ranking deste ano, caímos ainda
mais. Estamos na 57ª posição no ranking
global da competitividade do IMD (Instituto para o Gerenciamento do
Desenvolvimento) à frente apenas da Mongólia, Ucrânia, Croácia e Venezuela.
Que o Brasil esteja em tal situação,
já representa a constatação do atraso em nossos portos, da persistência da
burocracia, do peso excessivo dos impostos, além do pessimismo generalizado da
classe empresarial, que é um reflexo da crise de governabilidade e ética que o
país vive.
A despeito da Lava-Jato, a crise é
também decorrência da corrupção ainda generalizada.
Talvez o escândalo da presente
situação do Brasil no comércio internacional possa ter realce ainda maior se
atentarmos para o grupo de países que logramos superar: a Ucrânia, invadida pela
Rússia e com uma larvar guerra civil induzida
e a Venezuela, o caso extremo do desgoverno, que a administração
Nicolas Maduro simboliza.
Avaliação do Governo Temer
Miriam Leitão, em sua coluna econômica, emite juízo severo
sobre o novel governo Temer. Talvez a
colunista de O Globo tenha calcado demais na tecla da crítica.
Depois de escrever que "Temer
escolheu alguns excelentes quadros para a economia e acertou na direção das
primeiras medidas fiscais",
acrescenta que já estaria
colecionando um número impressionante de erros.
Discordo quanto ao impressionante no que concerne a erros. O Ministro do Planejamento, Romero Jucá, foi
logo afastado. Quanto ao Ministro da Transparência, Fabiano Silveira, o próprio
nome do cargo de sua Pasta já indica muito sobre o excesso de ministérios.
Se se aumenta o número de
ministros, e se criam pastas que pela própria designação já são indicativas da
demasia, a possibilidade do erro também cresce.
Superávit do Governo Temer
Em abril, as contas públicas voltaram ao azul. O Governo Central (Tesouro Nacional,
Previdência Social e Banco Central) registrou superávit primário de R$ 9,751 bilhões em abril. No acumulado do ano, no entanto, o saldo das
contas continua negativo. Assim, o déficit primário registrado entre janeiro e
abril foi de R$ 8,4 bilhões - pior resultado da série histórica do Tesouro,
iniciada em 1997.
Segundo explicou o Secretário do
Tesouro Nacional, Otávio Ladeira, abril é um mês em que tradicionalmente as
contas públicas têm bom resultado, em razão do calendário de pagamentos de
impostos. O resultado de 2016
também foi influenciado por fatores
sazonais e por mudanças nas regras do programa Minha Casa Minha Vida.
Ladeira lembrou a propósito que parte dos repasses do Fundeb - R$ 1,1
bilhão - foi adiada de abril para maio por decisão judicial. Além disso, as despesas do Minha Casa Minha
Vida saíram do orçamento da União, e passaram para o Fundo de Garantia de Tempo
de Serviço (FGTS). Isso melhorou em R$ 3,32 bilhões as contas do Governo
central.
Também ajudou a redução nos
pagamentos de subsídios, subvenções e Proagro.
Os gastos foram maiores em 2015
por causa do acerto das pedaladas fiscais. Houve redução de R$ 4 bilhões
(96,5%) nos desembolsos dessa rubrica em 2016...
( Fonte: O
Globo )