A abertura da
sessão na Câmara lança mais dúvidas do que certezas. Assim, a estratégia
concertada pelo Presidente Eduardo Cunha (PMDB/RJ) de indeferir o pedido de impeachment, e com isso dar sequência ao
processo, teria motivado despacho negativo do Ministro Teori Zavascki no
Supremo, com referência a que no plenário da Câmara se possa tomar conhecimento da questão e dar-lhe
sequência.
Por sua vez, o
PT e as forças parlamentares ligadas à presidente Dilma Rousseff pensariam
tratar logo da questão, de modo a enterrá-la ou dar-lhe destino equivalente.
Será difícil
determinar se o relator da Lava-Jato terá poder de brecar a ação no plenário da
Câmara.
Há muitas
incógnitas à baila. A situação do Presidente Cunha que é fragilizada pelas
muitas suspeitas levantadas pelo Ministério Público, dá oportunidade ao PT de
contestá-lo em plenário.
As dúvidas
são: qual será a reação do Presidente Cunha?
Recusar de pronto a petição apresentada pelo Dr. Hélio Bicudo, que
consequências poderá acarretar quanto à tramitação da ação? O Ministro Teori
Zavascki tomará conhecimento do recurso interposto, trazendo a questão para o
Supremo? E se o Ministro-relator da Lava-Jato optar ao invés por não conhecer neste estágio interpelação provinda da Câmara, que
consequências terá sobre a tramitação da petição na Câmara? Ela poderá acaso
ser conhecida pelo plenário?
Se a petição
do Dr. Bicudo for acolhida pelo plenário da Câmara, poderá haver consequências
no que concerne à posição na presidência da Câmara de Edmundo Cunha? A oposição
do PT ao impeachment terá meios de
tentar destino procedimental ao processo, i.e.,
lograr ou adiamento da questão, ou até mesmo o seu arquivamento?
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