Este blog, a seu tempo, noticiara a
súbita partida de Zurique de Marco Polo del Nero. Por iniciativa do FBI foram
presos pela Suiça sete dirigentes ligados à FIFA, entre eles o chefe de Del
Nero, José Maria Marín.
Del Nero não
trepidou um instante em mandar-se de Zurique no dia seguinte à prisão de Marin.
Não tomou conhecimento do Congresso da Fifa, nem da eleição presidencial da
entidade. Tanta pressa não deixou de causar espécie. Ele parecia temer que algo
de semelhante lhe pudesse ocorrer.
Desde então,
como noticiou O Globo, Sua Senhoria não compareceu a nenhum dos compromissos da
seleção brasileira no exterior, assim como faltou a reuniões da Confederação
Sul-Americana de Futebol e da FIFA.
Em junho
preferiu não acompanhar a seleção na Copa América, no Chile. Por coincidência
ou não, esta decisão foi compartilhada pela maioria dos dirigentes das
federações sul-americanas.
Já em setembro
tampouco arredou pé do Brasil. Os compromissos da seleção eram nos ... Estados
Unidos, com o time de Dunga empenhado em partidas contra a equipe americana e a
Costa Rica.
Desta feita, o
pretexto utilizado pelo apreensivo Del Nero foi o processo de aprovação da M.P.
671, que refinanciava dívidas de clubes e pode obrigar a CBF a alterar regras
de governança. Também o sucessor de José Maria Marin - que continua preso -
apontou para a instalação da CPI do Futebol, que poderia exigir sua presença no
país.
Embora a falta
de Del Nero possa vir a ser vista por
alguns como uma grave lacuna, tantas ausências assim sugerem dúvidas quanto à
vontade do cartola de permanecer ao lado da seleção, nos seus deslocamentos no
exterior. As suas repetidas faltas, motivadas decerto por súbita e incontrolável
fobia a missões no estrangeiro, poderiam recomendar que se encontrasse um meio
de contorná-las, escolhendo-se alguém para a CBF que não sofra dessa fobia.
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