Crise Política
Falha,
assim, o intento do Governo Dilma de impedir, por via judicial, a referida
análise das contas pelo TCU.
Impedimento: Análise J. Falcão
Apesar
de ser termo constitucional, mestre
Falcão prefere Impedimento ao invés de Impeachment.
Em análise publicada hoje no Globo, o respeitado jurista parece
mostrar-se um tanto cético quanto às perspectivas de aprovação do Impedimento.
Para
ele, a pergunta 'qual o tipo de atentado capaz de levar ao impedimento?' não é
nem abstrata, nem apenas jurídica. No seu entender "é politicamente
decisiva".
Na sua
análise, a resposta será dada por quem conseguir 257
votos na Câmara para levar a Mesa a iniciar a deliberação sobre a
abertura do impedimento.
Depois,
conseguir 342 votos na Câmara
para aceitar a denúncia contra Dilma Rousseff.
Depois,
conseguir 54 votos no Senado
para condená-la.
Alguém
tem hoje tantos votos disponíveis?, pergunta o articulista.
Na
minha modesta interpretação, mestre Joaquim Falcão vê com grande ceticismo as
possibilidades do impedimento, ou impeachment,
que é o termo já marcado para esse processo político.
Peço
vênia para discordar. Não tenho dúvida de que em termos lógicos e de
possibilidades matemáticas, tudo levaria a crer que o parecer de Mestre Falcão
corresponda à realidade.
Concordo com ele, mas com a seguinte distinção: o processo de impeachment tem, no caso presente, a sua
própria dinâmica. Tudo pode estar na aparência combinado, e até mesmo
sustentado pelos números na aparência inacessíveis no caderninho de notas. No entanto, há um fator - que aterroriza os
governantes - e que costuma contrariar todos os alicerces da lógica política. E
é ele que vai determinar o resultado final. Se
o sentir popular 'votar' pelo impeachment, não haverá santo, nem promessa
política, que segure o resultado conforme o caderninho dos especialistas no ramo.
( Fontes:
O Globo; site )
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