terça-feira, 20 de outubro de 2015

Notícias direto do Front


                       
Novo governo no Canadá

 
       O Primeiro Ministro do Canadá passou a ser Justin Trudeau, quarenta e sete anos depois da eleição de seu pai, Pierre Elliott Trudeau, para o mesmo cargo.

       Stephen Halpern, o líder conservador, sofreu fragorosa derrota. A política de Halpern e, em especial, o seu modo autoritário provocava forte reação no povo canadense. Das 159 cadeiras que tinham antes da eleição, os conservadores passaram a ter 99. Por sua vez, Justin Trudeu e os liberais passaram a ter 184 representantes (o Parlamento canadense tem 338 membros).  O Partido Liberal, por conseguinte, obteve a maioria absoluta na assembleia canadense.

       Carismático com o pai, Justin Trudeau fez uma bem-sucedida campanha, vencendo a tática do medo a que recorreu o conservador Halpern.

       Agora tem pela frente o desafio de afirmar-se na política canadense com um desempenho que o coloque em boa posição no que tange a comparações com a figura paterna.

 
Ahmed Mohamed visita Casa Branca

 

       O estudante americano Ahmed Mohamed ganhara  atenção na mídia por despertar suspeitas na sua escola, a ponto de ter as mãos algemadas. Bastara um biip para provocar a histeria nesse colégio, sendo inclusive a polícia convocada para investigar o misterioso relógio.

       Por enquanto, além de colher o apoio do Presidente Obama e uma tournée pelo mundo muçulmano que incluíu a Turquia (visita ao Primeiro Ministro) e o próprio Sudão, Mohamed tem fruído de status de verdadeira celebridade. A sua visita ao Presidente al-Bashir - o pai de Ahmed concorreu por duas vezes à presidência do Sudão e hoje está radicado nos Estados Unidos - não deixou de ser criticada, eis que o presidente sudanês tem rogatória do Tribunal Penal Internacional, mas até o presente, com a cumplicidade de diversos governo africanos tem logrado escapar.

       Ahmed acaba de participar de evento científico na Casa Branca, quando encontrou-se rapidamente com o Presidente e ganhou um abraço.

 
O isolamento de Israel em meio ao histerismo racista

 
       A estúpida morte do pobre imigrante eritreu Mulu Habtom Zerhom, confundido pela turba fora de controle como suposto cúmplice em um ataque mortal na estação central de ônibus em Beersheba, no sul de Israel, acentua tanto o histerismo racista de multidão em busca de responsáveis pelos ataques de palestinos, quanto a falta de firme orientação governamental para estabelecer maior policiamento, e o consequente maior controle de grupos mais radicais.  O governo de Bibi Netanyahu já terá sentido o perigo na tática do nós contra eles, mudando inclusive o discurso. "Ninguém vai exercer a lei com as próprias mãos" declarou o premier.

          Condenando o assassínio de Zerhom, a ONG  Human Rights Watch descreveu-o como "uma consequência trágica, mas previsível  de  clima em que alguns políticos israelenses incentivam os cidadãos a fazerem justiça com as próprias mãos".  invés de brincar com o fogo em uma tática nós contra eles, deveria de medidas de contenção nos ataques, e não transformar os embates em uma continuação de um suposto enfrentamento de árabes e judeus.

( Fontes: O  Globo, The New York Times) 

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