Assinale-se
que foi encaminhado por Dilma II ao Congresso a proposta orçamentária para 2016 com o inédito déficit
de R$ 30,5 bilhões. Essa
circunstância de remessa para o Legislativo com déficit de tal monta terá sido
razão determinante para o rebaixamento da nota do Brasil por agência de
avaliação de risco, pela desorganização das contas que faz presumir, e a
consequente desordem no domínio fiscal. Não é de país sério um procedimento
desse jaez.
A Presidente
Dilma Rousseff, que é a responsável primária pelo descontrole nas contas, não
tardou em manifestar-se contrária ao corte proposto nessa dotação pelo Deputado
Barros. De forma veemente, ela afirmou que "cortar o Bolsa Família
significa atentar contra 50 milhões de brasileiros que hoje têm uma vida melhor
por causa do programa."
Esgrimindo
a sua habitual retórica - e com dados sem maior comprovação - afiançou que essa
política pública mantém 36 milhões (sic) de pessoas fora da extrema pobreza.
Antes, a
mesma Dilma dissera que cinquenta milhões de pessoas (sic) têm hoje uma vida melhor por causa do programa. Além disso,
nessa dança de milhões aditou que o mesmo Bolsa Família garantiu que dezessete milhões (sic) de crianças e adolescentes estejam na escola. E ainda
acrescentou: ajudou a reduzir em 58% a mortalidade infantil.
Dentro de
estilo bombástico, e ao ensejo dos doze anos do Bolsa Família, garantiu que ele
continuará prioritário e acrescentou : "O Bolsa Família é prioridade
máxima para o meu governo, como foi para o do ex-presidente Lula".
Se tais estatísticas correspondem à realidade
é outra estória, cuja verossimilhança é comparável a assertivas anteriores da
Presidente Dilma, que com a maior tranquilidade desfiava percentuais de gente
que graças à política do governo tinha saído da classe C e passado para a
classe média... Da firmeza de tais progressões por decreto cuidaria a crise
posterior.
Com um peso
cada vez maior, estranha que programa de tal envergadura não tenha sido
submetido às necessárias e mesmo indispensáveis auditorias dado o número
bastante substancial de que amostragens obtidas quase por força do acaso tem
exposto muitos aproveitadores desse ultra-concessivo programa, com a inclusão
de funcionários e até de vereadores entre os inscritos nas listas do Bolsa
Família.
Compreende-se
que com o programa de empregos patrocinado pelo PT - o que explica o peso dos Gastos
Correntes no orçamento - tende a inchar o dispêndio da União, embora
sem maior utilidade. Além do ralo da corrupção,
de que me ocuparei em outro blog,
qualquer pessoa limitada pode dar-se conta de que esse desperdício é retirado
das verbas de saneamento básico dos favelões que sóem agarrar-se à periferia
das cidades grandes e médias. Este demagógico empreguismo, conforme já foi
reportado no blog, supera o de
qualquer outro governo, e foi adotado de forma sustentada e consistente desde a
posse do Presidente Lula com uma média que é por um lado deprimente (porque
contrata maciçamente pessoal vindo das fileiras petistas ou a elas associado),
quanto contrário ao interesse nacional,( eis que desperdiça fundos que poderiam
ser empregados em obras úteis, com a melhora das condições de vida da gente da
periferia).
Enquanto o
mundo lá fora cuida de agilizar a administração pública de forma a torná-la mais
útil para a população, o modelo petista é o sonho do burocrata, que só se
compara em modernidade e espirito pró-ativo àquelas velhas repartições lotadas
com protegidos políticos e antigas relações sentimentais, e de que o símbolo
marcante é o absenteísmo exposto pela cadeira com o paletó do funcionário que
estará sempre a serviço externo. É grave atentado ao interesse público dissipar
verbas com um instrumento governamental ultrapassado, em que se desvia dinheiro
de obras e trabalhos úteis para a coletividade, para lotar as repartições (a
par de inventar outras) sem outro objetivo que o de engordar o número de
petistas e afiliados nas diversas Pastas e repartições. Dada a forma sustentada
com que tal retrógrada e nociva política é seguida e implementada,
compreende-se o peso inútil que se agrega ao orçamento da União (e a todos os
seus penduricalhos). Essa inutilidade arcaica, além de negar meios a obras e
melhorias que tornariam mais salubres e proveitosas as vizinhanças (e não o
esgoto a céu aberto e os lixões que proliferam também por causa dessa desídia),
se revertida com exação e tino para a criação de reformas geridas pela
honestidade e pelo tirocínio público reverteria em benefício das comunidades,
não com a formação descontrolada de favelas e favelões, mas de bairros bem
assentados, com moradias dignas, assegurado o respeito entre os moradores.
A esse
propósito, o Minha Casa Minha Vida vem sendo construído de forma atabalhoada.
Se o seu efeito social é inegável, ele carece de ser implantado em vizinhanças
em que os moradores sejam respeitados, de modo a fazer com que as construções sejam
acompanhadas das indispensáveis obras de canalização e de inserção na
comunidade urbana. Em muito dos núcleos do Minha Casa Minha Vida se involui por
falta de mínimo de educação urbana das pessoas aquinhoadas para as práticas da
favela, inclusive com episódios de desrespeito às autoridades, até mesmo às
síndicas das construções respectivas. Nesse caso, como em outros, o Minha Casa
Minha Vida reflete a boa intenção inicial que breve se vê marcada e mesmo
conspurcada, tanto por falta de obras civis indispensáveis de modo a sustentar
vizinhanças ordenadas e habitáveis, em atmosfera de respeito e ordem, que está
no interesse de quem deseja progredir e viver em bairros reais, e não em cópias
malfeitas de desregradas favelas.
Se somarmos a
isso o Bolsa Família e todas as outras invenções do petismo reinante, há de
entender-se que o clientelismo desvairado poderá em breve transformar boa parte
do Brasil em um puxadão do Nordeste, com
o devido realce dado ao Estado do Maranhão
que lidera, para orgulho do pro-ativo clã Sarney e agora passado ao PCdo B, no total de líder brasileiro na
Bolsa Família, com 92% da população desse
estado a ele filiada.
Se a coisa continuar
nesse ritmo, não é de excluir-se que
Suas Excelências venham no futuro à televisão para explicar porque os milhões
(tanto em reais quanto em pessoas) não param de inchar, e assim lamentavelmente
terão de aumentar-nos a carga tributária para que os sobrantes úteis sustentem
o peso dessa gente que não cessa de crescer.
Quem sabe no
futuro o Brasil não vai virar um imenso Maranhão?
( Fonte: O
Globo )
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