Há várias coisas a serem corrigidas - e com
toda a urgência - na seleção brasileira.
Primo - e se não foi feito - a
enquadrar o menino Neymar que não dê
mais ataques de estrelismo, e que não prejudique a selecinha - pois como o
humorista José Simão nos ensina a
verdade, passou o tempo de dispormos de uma autêntica seleção. Só de pensar que demos de
barato a oportunidade aos muy amigos de America del Sur de pendurar-nos uma
escandalosa suspensão de 4 jogos por supostas (estúpidas) faltas cometidas fora
do jogo pelo grande e único supercraque sobrevivente Neymar, o que de forma comovente
enfraqueceu-nos o time que já não é essa maravilha toda.
O jogo desastroso
de ontem nos mostrou algumas coisas que não careciam de ser exibidas. É difícil
entender que Dunga escale uma zaga tão fraca se ele dispõe da dupla Thiago
Silva e David Luiz. Não precisamos retroceder à mítica taça das Confederações
em Brasília, quando tivemos o deleite de ver um time com a alegria e a
desenvoltura de enfrentar e ganhar dos maiores. Mas pelo menos, poderemos
lembrar-nos da qualidade, raça e disposição, entre outros da zaga.
Pergunto-me
por que a CBD insiste com Dunga. Como se sabe, Dunga foi um jogador medíocre e
embora Ingenieros nos ensine que os medíocres podem ter valor, já é mais do que
tempo para não só experimentar, mas provar outros técnicos que não tenham
tantos cacoetes e estranhezas.
Lembram-se do
jogo Brasil x Holanda, quando a nossa defesa e o goleiro Júlio Cesar aceitara
uma bola mais pró facil, complicando-nos as coisas ? Pois houve uma expulsão
(merecida) de jogador brasileiro, e
quando Dunga olhou para o banco, só havia nulidades que ele dentro de suas
idiossincrasias escolhera a dedo?
Há várias perguntas que com respeito
a essas eliminatórias gritam em vão por ser respondidas. Por que Dunga insiste em testar times sem
grandes jogadores e que nunca jogaram juntos? Um exemplo é a zaga de ontem.
Porque Thiago Silva continua a ser barrado, ele que antes era a coluna
principal na área?
Por outro lado,
o goleiro Jefferson não tem dado boa impressão. O primeiro goal era difícil,
mas defensável. Há jogadores que, como Hulk, são caprichos do técnico, que tem
um fraco pelos medíocres (pergunto-me por quê?...)
Fazem muitos
elogios ao time do Chile. Vi um time como muito jeito para cera e para
prevalecer-se da vantagem de jogar em casa, diante de um árbitro fraco, mas
quem me decepcionou mesmo foi o Brasil. O segundo gol deles foi vergonhoso.
Entraram na área como quem está em casa, diante da inépcia da zaga, e da pouca
presença do goleiro. Não sei se dá jeito, mas com o Jefferson, sei não.
Uma pergunta
final: por onde anda o Senhor del Nero? Gente, futebol é a coisa mais séria que
no Brasil existe. Não quero saber das
razões por que o paredro del Nero, depois de sua precipitosa fuga de Zurique,
logo depois da prisão de seu chefe e protetor, não mais viaja ao exterior. Sei
que o Governo Dilma atravessa também uma fase difícil, e o impeachment não é
mais apenas uma hipótese acadêmica, mas algo tem de ser feito para dar um verdadeiro
substituto ao detido José Maria Marin. O
futebol brasileiro não pode ficar amarrado a alguém que por estranhos motivos
não sai nem a pau do Brasil, para acompanhar a seleção nos seus compromissos
nesse exterior tão eivado de perigos como é a América do Sul.
Quem não tem
competência, ou a coragem de assumi-la (os motivos da eventual ausência não são
de foro íntimo) deve ceder o posto a quem esteja em condições de presidir em
qualquer lugar - e ainda mais nesses mares procelosos - a chefia para o que der
e vier das missões de nossa Seleção.
Não gostei -
e quem terá gostado - do jogo da seleção. Descosido, sem personalidade, o time
carece de líderes e de um bom técnico. Não sei por que carecemos de reincidir
no erro.
A
experiência na África do Sul foi um desastre. Dunga converteu as concentrações
da Seleção em verdadeiros bunkers.
Os técnicos
dos Brasil estão atrasados no tempo. Nunca sentira tanto essa defasagem quando se
descerraram as cortinas para exibir o grande vexame nacional da eliminação pela
poderosa Alemanha com a provação dos sete a um. O time do Brasil só
coletou goleadas na distante antiguidade das primeiras décadas do século vinte,
quando éramos, diante de Uruguai e Argentina, apenas um timinho. Mas será que o
que aprendemos depois, e às nossas
custas, vamos desaprender agora?
Voltando ao grande trauma nacional dos sete
a um (lembrem-se que um timinho, como o da Argélia, só perdeu da
Alemanha (no Beira Rio) por 2x1 (e não levara nenhum no tempo
regulamentar!). E por que aconteceu dessa forma? Os argelinos eram bisonhos
tecnicamente, é verdade, mas tinham um técnico a orientá-los, e por isso
surpreenderam o dream team da Alemanha! E
nós, hein? Recordem-se da cara inexpressiva,
sem qualquer reação, quase abobada, do grande Felipão no estádio
maravilha de Bel'Zonte, quando o descomunal, indizível vexame se materializava
na tela da história?
( Fontes: O
Globo, Rede Globo, José Ingenieros )
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