quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Notícias de Tio Sam (V)


                              
Debate da Fox News

 

         Expressão da direita conservadora, essa estação propriedade de Rupert Murdoch, o bilionário australiano, a Fox News representa a versão pugnaz e combativa do Partido Republicano, que sói jogar suas fichas em candidatos que acredita capazes de vencer os adversários do Partido Democrata.

         Como a pletora de pré-candidatos do GOP excede as expectativas, ao invés das afirmações anteriores, não haverá lugar para todos.

         O próximo debate, marcado para a noite de quinta-feira, seis de agosto, incluirá os seguintes concorrentes: Donald  J. Trump; ex-governador da Flórida Jeb Bush; gov. Scott Walker, de Wisconsin; Senador Marco Rubio, da Flórida; Ben Carson; ex-Gov. Mike Huckabee, de Arkansas; Gov. Chris Christie, de New Jersey; e Gov. John Kasich, de Ohio.

         A Fox marcou, outrossim, um grupo menor, com prévias menos favoráveis, que inclui, entre outros, o governador Bobby Jindal, da Louisiana; senador  Lindsey Graham, da Carolina do Sul e Rick Perry, ex-governador do Texas. Esse debate está marcado para as cinco da tarde.

         Líder nas pesquisas, o multimilionário Donald Trump tem chamado mais a atenção pelos seus ataques gratuitos a expoentes republicanos, como ao ex-candidato John McCain, a quem intentou denegrir.  Malgrado as opiniões em contrário, há um certo consenso de que Trump  vá despencar. Por ora, continua a liderar, concentrando os. ataques dos outros, pela sua condição de front-runner. Como há candidatos demais, será talvez difícil que o debate venha a afetar muito a colocação até agora, excluídos, é claro, os estragos de eventuais erros garrafais, além de gafes desmoralizantes, do gênero cometido em 2012 por Rick Perry, que por isso fora rapidamente ejetado do grupo de contendores de então. 

          

Tensão com a China

 

         No contexto da próxima visita de Estado, prevista para setembro vindouro, do novo Presidente da RPC, Xi Jinping,  se reporta movimentação devida a exigências de Beijing  que os Estados Unidos façam retornar à China o dirigente Ling Wancheng.

         Ling fugiu para os Estados Unidos. Ele é irmão mais jovem de Ling Jihua,  que por diversos anos ocupou posição equivalente a de um chefe de gabinete presidencial, com a supervisão dos principais postos do Partido Comunista Chinês.

         A evasão de Ling Wancheng é considerada dos mais altos tropeços da campanha anti-corrupção em que se empenha o presidente Xi. Presume-se que o senhor Ling possua informações relevantes e quiçá embaraçosas sobre muitos altos funcionários, tanto antigos quanto em funções, e que sejam leais ao atual Presidente da China comunista.

          Mas a carregada agenda do encontro entre Barack Obama e Xi Jinping também inclui outra delicada matéria, i.e. o maciço roubo por hackers chineses  de dados pessoais  de milhões de funcionários, tanto efetivos, quanto sob contrato, do Governo estadunidense. Por causa desta falha clamorosa, a diretora do serviço responsável pediu demissão, conforme assinalado por este blog.

           Nesses problemas relativos a furtos pela informática, são de pouca valia as reclamações, eis que, salvo prova em contrário, é muito difícil determinar com absoluta certeza da autoria de operações desse gênero.

           Por isso, o pedido de exoneração da funcionária reflete a consciência de que nem tudo fora feito para assegurar os segredos de Estado da Superpotência. Como D. Dilma, a seu tempo, terá verificado nesse campo da cibernética o que conta é a capacidade tecnológica, tanto a intrusiva, quanto a defensiva. E será lamentável para os Estados Unidos que a sua defesa dos segredos respectivos não alcance o nível necessário para salvaguardá-la de embaraçosas falhas.

 

( Fonte:  The New York Times )

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