Debate da Fox News
Expressão da
direita conservadora, essa estação propriedade de Rupert Murdoch, o bilionário
australiano, a Fox News representa a versão pugnaz e combativa do Partido Republicano,
que sói jogar suas fichas em candidatos que acredita capazes de vencer os
adversários do Partido Democrata.
Como a
pletora de pré-candidatos do GOP excede as expectativas, ao invés das
afirmações anteriores, não haverá lugar para todos.
O próximo
debate, marcado para a noite de quinta-feira, seis de agosto, incluirá os
seguintes concorrentes: Donald J. Trump; ex-governador da Flórida Jeb Bush; gov. Scott Walker, de Wisconsin; Senador Marco Rubio, da Flórida; Ben
Carson; ex-Gov. Mike Huckabee, de Arkansas; Gov. Chris Christie, de New Jersey; e Gov. John Kasich, de Ohio.
A Fox marcou,
outrossim, um grupo menor, com prévias menos favoráveis, que inclui, entre
outros, o governador Bobby Jindal, da Louisiana;
senador Lindsey Graham, da
Carolina do Sul e Rick Perry, ex-governador do Texas. Esse debate está marcado
para as cinco da tarde.
Líder nas
pesquisas, o multimilionário Donald Trump tem chamado mais a
atenção pelos seus ataques gratuitos a expoentes republicanos, como ao
ex-candidato John McCain, a quem
intentou denegrir. Malgrado as opiniões
em contrário, há um certo consenso de que Trump
vá despencar. Por ora, continua a liderar, concentrando os. ataques dos outros,
pela sua condição de front-runner. Como há candidatos
demais, será talvez difícil que o debate venha a afetar muito a colocação até
agora, excluídos, é claro, os estragos de eventuais erros garrafais, além de
gafes desmoralizantes, do gênero cometido em 2012 por Rick Perry, que por isso
fora rapidamente ejetado do grupo de contendores de então.
Tensão com a China
No contexto da
próxima visita de Estado, prevista para setembro vindouro, do novo Presidente
da RPC, Xi Jinping, se reporta movimentação devida a exigências
de Beijing que os Estados Unidos façam
retornar à China o dirigente Ling
Wancheng.
Ling fugiu
para os Estados Unidos. Ele é irmão mais jovem de Ling Jihua, que por diversos
anos ocupou posição equivalente a de um chefe de gabinete presidencial, com a supervisão
dos principais postos do Partido Comunista Chinês.
A evasão de Ling Wancheng
é considerada dos mais altos tropeços da campanha anti-corrupção em que se
empenha o presidente Xi. Presume-se
que o senhor Ling possua informações relevantes e quiçá embaraçosas sobre
muitos altos funcionários, tanto antigos quanto em funções, e que sejam leais
ao atual Presidente da China comunista.
Mas a
carregada agenda do encontro entre Barack
Obama e Xi Jinping também inclui outra delicada matéria, i.e. o maciço roubo por hackers chineses de dados pessoais de milhões de
funcionários, tanto efetivos, quanto sob contrato, do Governo estadunidense.
Por causa desta falha clamorosa, a diretora do serviço responsável pediu
demissão, conforme assinalado por este blog.
Nesses problemas relativos a
furtos pela informática, são de pouca valia as reclamações, eis que, salvo
prova em contrário, é muito difícil determinar com absoluta certeza da autoria
de operações desse gênero.
Por isso, o
pedido de exoneração da funcionária reflete a consciência de que nem tudo fora
feito para assegurar os segredos de Estado da Superpotência. Como D. Dilma, a
seu tempo, terá verificado nesse campo da cibernética o que conta é a
capacidade tecnológica, tanto a intrusiva, quanto a defensiva. E será
lamentável para os Estados Unidos que a sua defesa dos segredos respectivos não
alcance o nível necessário para salvaguardá-la de embaraçosas falhas.
( Fonte:
The New York Times )
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