A crise do Governo Dilma Rousseff II se agrava. Se há varias indicações dessa deterioração , a conjunção de fatores negativos continua a acentuar-se.
A última
pesquisa do Datafolha dá o viés de
uma Administração que se debate em águas sempre mais encapeladas, num cenário
em que não há por ora vislumbre de uma reação contra tal tendência.
Segundo o Datafolha, a descida continua. Agora o seu governo passa a ser
ainda menos popular do que o de Fernando Collor, nas jornadas que precederam o
seu impeachment
pelo Congresso.
Já a luz
amarela se acendera na pesquisa anterior, com apoio popular na beira dos dois
dígitos, com viés negativo. Essa
tendência ora se confirma, com a aprovação encolhida para 8% (ótimo/bom) o que lhe faz a mais baixa em geral, e sobretudo mais
grave do que aquele conceito dado a seu único antecessor colhido pelas fauces
do impeachment, com 71% ( ruim-péssimo) de rejeição, acima dos 68% atribuídos a Collor
nas vascas da destituição.
Mas as
coisas não param aí. Os efeitos negativos se dão as mãos e ainda pioram
ulteriormente uma situação já bastante difícil.
Com a
impopularidade de Dilma que semelha retroalimentar-se por produtos colaterais
que são a ela ligados, sua liderança política parece esvair-se, enquanto
aparências de desespero – que não sói ser bom conselheiro – fazem que seu
principal auxiliar venha a público. Ele já marcara a sua chefia por uma série de malogros, a
começar pela derrota do candidato da Presidente à chefia da Câmara, vencido por
Eduardo Cunha, que ora vem sendo uma das nêmesis de Dilma.
Pois, nessa
vigésima-quinta hora, o mea-culpa de
Aloisio Mercadante, admitindo falhas no diálogo, ou chega tarde, ou piora a situação.
A agenda
do Congresso está recheada de propostas demagógicas que só contribuirão para
agravar ainda mais uma posição fiscal que, por conta das insanidades do Dilma
I, continua a preocupar.
O brutal
enfraquecimento da Presidenta não tem podido impedir a aprovação de tais loucuras – que seja dito de passo se
realiza contra o parecer dos especialistas no ramo. Essa veia negativista – tão
bem marcada pela aprovação até pelo PSDB da supressão do fator previdenciário –
segue, no que parece uma corrida de lemingues direto para o precipício.
Seria
como a força de desfazer o legado da Rousseff fosse tão impetuosa, que a tudo
levasse de roldão, até mesmo propostas sensatas do Ministro Joaquim Levy.
Mas
nesses movimentos confusos – e esdrúxulas, demagógicas proposições como a
descomunal elevação da folha dos magistrados – se entrevê a desagregação do
governo e de sua liderança. Assim, os seus lancinantes apelos não são ouvidos,
e a regra do quanto pior, melhor
semelha ser a triste diretiva desses tempos de crise.
Enquanto
os corruptos tremem, os justos – e ainda os há! – olham à direita e esquerda,
esquadrinhando quem vem lá e com quais propósitos.
Se o
Conselheiro Acácio pronuncia o momento como difícil, o lugar-comum não consegue
dissipar a névoa, nem reduzir a angústia.
Estaremos acaso no mato, e ainda por cima sem cachorro?
Tomemos
cuidado para não nos enrascar ainda mais.
Confiemos
em quem merece confiança. Que não
atrapalhem o trabalho sério do Juiz Sérgio Moro.
E bola
pra frente, pois não é que dizem que Deus é brasileiro?
( Fontes: Folha de S. Paulo, O
Globo )
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