Exemplos a não serem imitados
Tomei
conhecimento nesta semana de dois comportamentos, um deles atitudinal, e outro
verbal, que me fazem lamentar o desrespeito ao credo religioso do outro, e o
segundo, em que a violência verbal atinge truculência que não sói aparecer na
grande imprensa.
Li com pasmo
que o treinador Jorginho – o novo técnico do Clube de Regatas Vasco da Gama,
nesse ano de muitos técnicos por força do desempenho do CRVG no Campeonato
Nacional – havia retirado do vestiário uma imagem de Nossa Senhora, que é
venerada pelos católicos de todo mundo. É postura que faz lembrar a violência
da intolerância de um novo crente evangélico o qual maltratara imagem de Nossa
Senhora com as mãos e com os pés, provocando
então consternação e revolta decerto não só entre católicos. Não sei em
que terminou esse triste episódio, porque a atitude dessa pessoa infringia
decerto disposição do Código Penal, que protege o respeito devido aos cultos,
suas imagens e efígies.
Por outro
lado, surpreendeu-me a truculência verbal do jornalista Renato Maurício Prado.
A maneira com que este senhor se lança contra o Clube de Regatas Vasco da Gama
não é a de quem se tome por um crítico ou comentarista de futebol.
A derrota do
Flamengo terá irritado muito Sua
Senhoria, a ponto de encarniçar-se contra o time que, movido pelo coração e
pela garra, eliminou o Flamengo da Taça do Brasil. A raiva clubística terá sido
tamanha que ele se permitiu desfazer do adversário de seu clube do coração e
empregar linguagem vizinha da injuriosa, que não devia estar no vocabulário de um
colunista de futebol.
Creio que no
seu aranzel o senhor Prado esquece que é colunista de jornal vendido nas bancas
como diário do Rio de Janeiro, que em princípio não é partidário de nenhuma
equipe de futebol, vôlei e vá lá o que seja.
Nota para o sr. Eurico Miranda
Não terá o senhor tomado conhecimento da violência cometida contra a fé brasileira, da equipe e torcida do Vasco da Gama, da parte do treinador Jorginho, que afastou a imagem de Nossa Senhora das dependências esportivas de São Januário. Será que a fé de grande parte do Povo brasileiro, da torcida do Vasco, e dos jogadores por Nossa Senhora deva ser tratada dessa forma?
Não sei o que
foi feito. Mas se um treinador se permite tal violência, ele deve ser
repreendido pelo desrespeito à imagem da Virgem e às tradições do Vasco – sem
falar na imediata recolocação do símbolo de Nossa Senhora no local em que antes
estava.
Quero crer que
o Senhor já tenha mandado recolocar a imagem no lugar devido. Não posso sequer
admitir que o Senhor não tenha feito nada. Gostaria muito de estar errado nessa
suspeição.
2ª. Nota para o sr. Eurico
Miranda
Por vezes me
pergunto por que o senhor nada faz para injetar sangue novo em um Vasco que,
acabamos de ver neste sábado 29, está destinado – salvo milagre – mais uma vez
à segunda divisão. É uma vergonha que time com as tradições do Vasco da Gama
mal fique agora na primeira divisão e logo volte para a Segundona.
Mas as
vergonhas não param aí. É também deplorável que o Senhor nada
tenha feito para melhorar o plantel do CRVG, que no momento é o pior da Divisão Especial. Só consegue ganhar do
Flamengo e na base da raça, e perde para todos os outros, mostrando a pior
campanha de todos os times.
O que o senhor
está fazendo lhe parece mais simples (e cômodo) mas se é mantido esse grupo de
jogadores, de nada adianta mudar o técnico ! Por absurdo, para que lhe entre na cabeça essa comezinha realidade, o
senhor poderia até colocar o técnico do Barcelona,
que ele não daria remédio à situação. Com esse ultra medíocre plantel, que nada tem a ver com o histórico do clube da colina,
parece difícil discernir qual é o seu propósito. O senhor não há de ter
esquecido que a responsabilidade pela primeira queda do CRVG na Segundona já
lhe tinha sido atribuída pela torcida, como atesta a faixa levada para o Maracanã, quando do jogo que
marcava a volta (passageira) do Vasco para a Primeira Divisão.
Agora, com
essa magna crise ocasionada por equipe ultra-medíocre, o único remédio que o
senhor encontra é mudar de técnico. Será que não salta aos olhos que um plantel
da mediocridade do presente (com pouquíssimas exceções) torna inelutável mais
uma descida do time que já dominou o futebol no Rio de Janeiro, e já foi
celeiro da seleção?
Será que não
dá para entender que se o time é de jogadores medíocres – o que logo se vê assistindo a uma simples partida – o
senhor, mesmo se conseguisse contratar o técnico do Barcelona, nada de positivo
lograria ?
Dilma desiste afinal da desatinada re-criação da CPMF
A fraqueza
política de Dilma Rousseff conjugada com o ressentimento de Lula da Silva
levaram à realização de empresa que já começou fracassada.
Lula guarda a
mágoa de que os tucanos lhe ‘roubaram’ a CPMF, aquele imposto proposto por Adib
Jatene para resolver os problemas da Saúde no Brasil, e que, desvirtuado,
acabou apagado por conspirata da oposição, de que Nosso Guia guarda rancor até hoje.
Por isso, esse
político atilado que é o fundador do PT não consegue ver com clareza que
qualquer tentativa de ressurreição do famoso imposto do cheque estaria fadada a
um lamentável fracasso, como se comprovou em pouquíssimo tempo.
Assim, Dilma
Rousseff – que estava animada a respeito – agora anuncia a desistência, há
apenas três dias de ter lançado a empresa de recriá-la.
Saem
chamuscados do episódio o Ministro Nelson Barbosa, do Planejamento e o próprio
Joaquim Levy, que não deveria se ter associado a tal projeto.
Em pouquíssimo
tempo a CPMF congregou recusas: o vice Michel Temer, os presidentes do Senado e
da Câmara. Mas o golpe de misericórdia, segundo a Folha, foi dada pela resistência de governadores de estado.
Mais uma vez,
Dilma mostra que não é do ramo. Pecou por açodamento, porque em questão como
essa – a de criar mais um imposto no país deles, e logo o impopular imposto de
cheque – é dose para qualquer elemento do ramo.
Esse governo – e nessa operação não se
salva ninguém – mostra que continua sem rumo.
( Fontes:
O Globo, Folha de S. Paulo )
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