domingo, 30 de agosto de 2015

Colcha de Retalhos C 33

                                     

Exemplos a não serem imitados



        Tomei conhecimento nesta semana de dois comportamentos, um deles atitudinal, e outro verbal, que me fazem lamentar o desrespeito ao credo religioso do outro, e o segundo, em que a violência verbal atinge truculência que não sói aparecer na grande imprensa.

       Li com pasmo que o treinador Jorginho – o novo técnico do Clube de Regatas Vasco da Gama, nesse ano de muitos técnicos por força do desempenho do CRVG no Campeonato Nacional – havia retirado do vestiário uma imagem de Nossa Senhora, que é venerada pelos católicos de todo mundo. É postura que faz lembrar a violência da intolerância de um novo crente evangélico o qual maltratara imagem de Nossa Senhora com as mãos e com os pés, provocando  então consternação e revolta decerto não só entre católicos. Não sei em que terminou esse triste episódio, porque a atitude dessa pessoa infringia decerto disposição do Código Penal, que protege o respeito devido aos cultos, suas imagens e efígies.

         Por outro lado, surpreendeu-me a truculência verbal do jornalista Renato Maurício Prado. A maneira com que este senhor se lança contra o Clube de Regatas Vasco da Gama não é a de quem se tome por um crítico ou comentarista de futebol.

        A derrota do Flamengo terá irritado muito  Sua Senhoria, a ponto de encarniçar-se contra o time que, movido pelo coração e pela garra, eliminou o Flamengo da Taça do Brasil. A raiva clubística terá sido tamanha que ele se permitiu desfazer do adversário de seu clube do coração e empregar linguagem vizinha da injuriosa,  que não devia estar no vocabulário de um colunista de futebol.

        Creio que no seu aranzel o senhor Prado esquece que é colunista de jornal vendido nas bancas como diário do Rio de Janeiro, que em princípio não é partidário de nenhuma equipe de futebol, vôlei e vá lá o que seja.

 
 

Nota para o sr. Eurico Miranda

 

        Não terá o senhor tomado conhecimento da violência cometida contra a fé brasileira, da equipe e torcida do Vasco da Gama, da parte do treinador Jorginho, que afastou a imagem de Nossa Senhora das dependências esportivas de São Januário. Será que a fé de grande parte do Povo brasileiro, da torcida do Vasco, e dos jogadores por Nossa Senhora deva ser tratada dessa forma?

       Não sei o que foi feito. Mas se um treinador se permite tal violência, ele deve ser repreendido pelo desrespeito à imagem da Virgem e às tradições do Vasco – sem falar na imediata recolocação do símbolo de Nossa Senhora no local em que antes estava.

       Quero crer que o Senhor já tenha mandado recolocar a imagem no lugar devido. Não posso sequer admitir que o Senhor não tenha feito nada. Gostaria muito de estar errado nessa suspeição.  

 

 2ª. Nota para o sr. Eurico Miranda



         Por vezes me pergunto por que o senhor nada faz para injetar sangue novo em um Vasco que, acabamos de ver neste sábado 29, está destinado – salvo milagre – mais uma vez à segunda divisão. É uma vergonha que time com as tradições do Vasco da Gama mal fique agora na primeira divisão e logo volte para a Segundona.

        Mas as vergonhas não param aí. É também deplorável que o Senhor nada tenha feito para melhorar o plantel do CRVG, que no momento é o pior da Divisão Especial. Só consegue ganhar do Flamengo e na base da raça, e perde para todos os outros, mostrando a pior campanha de todos os times.

        O que o senhor está fazendo lhe parece mais simples (e cômodo) mas se é mantido esse grupo de jogadores, de nada adianta mudar o técnico ! Por absurdo, para que lhe entre na cabeça essa comezinha realidade, o senhor poderia até colocar o técnico do Barcelona, que ele não daria remédio à situação. Com esse ultra medíocre plantel,  que nada tem a  ver com o histórico do clube da colina, parece difícil discernir qual é o seu propósito. O senhor não há de ter esquecido que a responsabilidade pela primeira queda do CRVG na Segundona já lhe tinha sido atribuída pela torcida, como atesta a faixa  levada para o Maracanã, quando do jogo que marcava a volta (passageira) do Vasco para a Primeira Divisão.

        Agora, com essa magna crise ocasionada por equipe ultra-medíocre, o único remédio que o senhor encontra é mudar de técnico. Será que não salta aos olhos que um plantel da mediocridade do presente (com pouquíssimas exceções) torna inelutável mais uma descida do time que já dominou o futebol no Rio de Janeiro, e já foi celeiro da seleção?

        Será que não dá para entender que se o time é de jogadores medíocres – o que logo  se vê assistindo a uma simples partida – o senhor, mesmo se conseguisse contratar o técnico do Barcelona, nada de positivo lograria ?

 

Dilma desiste afinal da desatinada re-criação da CPMF

 
         A fraqueza política de Dilma Rousseff conjugada com o ressentimento de Lula da Silva levaram à realização de empresa que já começou fracassada.

        Lula guarda a mágoa de que os tucanos lhe ‘roubaram’ a CPMF, aquele imposto proposto por Adib Jatene para resolver os problemas da Saúde no Brasil, e que, desvirtuado, acabou apagado por conspirata da oposição, de que Nosso Guia guarda rancor até hoje.

        Por isso, esse político atilado que é o fundador do PT não consegue ver com clareza que qualquer tentativa de  ressurreição  do famoso imposto do cheque estaria fadada a um lamentável fracasso, como se comprovou em pouquíssimo tempo.

        Assim, Dilma Rousseff – que estava animada a respeito – agora anuncia a desistência, há apenas três dias de ter lançado a empresa de recriá-la.

        Saem chamuscados do episódio o Ministro Nelson Barbosa, do Planejamento e o próprio Joaquim Levy, que não deveria se ter associado a tal projeto.

        Em pouquíssimo tempo a CPMF congregou recusas: o vice Michel Temer, os presidentes do Senado e da Câmara. Mas o golpe de misericórdia, segundo a Folha, foi dada pela resistência de governadores de estado.

        Mais uma vez, Dilma mostra que não é do ramo. Pecou por açodamento, porque em questão como essa – a de criar mais um imposto no país deles, e logo o impopular imposto de cheque – é dose para qualquer elemento do ramo.

        Esse governo – e nessa operação não se salva ninguém – mostra que continua sem rumo.

 

(  Fontes:  O Globo, Folha de S. Paulo )

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