segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Diário da Mídia


Coação chinesa

 
             A Administração Obama advertiu o governo de Xi Jinping acerca de sua prática de empregar agentes secretos chineses para pressionar a proeminentes expatriados chineses para que regressem de imediato à China Comunista.

              O novo governo chinês – Xi é grande admirador de Mao Zedong – vem mostrando clara tendência para a redução das já poucas liberdades de que desfruta o povo chinês.

              Além da recentíssima invasão digital de arquivos de endereços de funcionários americanos – que é atribuída aos hackers chineses – é de imaginar-se quais outras providências estaria tomando Beijing para criar boa atmosfera para a próxima visita, marcada para setembro, do líder máximo Xi Jinping...

 

Mais Eleições na Turquia ?

 

               Depois das últimas eleições, tanto oposição quanto o governo de Recip Erdogan, parecem trabalhar para a não-formação de governo de coalizão. Pode ser que tudo querendo, os opositores do presente regime – tanto o partido democrata, quanto os adversários curdos – não acreditem em que novos comícios possam abrir as cancelas para eventual recuperação de Erdogan.

               Esse excessivo otimismo das oposições pode transformar-se em calamitoso erro  que lhes coloque novamente em minoria, expostos uma vez mais ao jogo duro de Erdogan.

               Será isso que querem? Trabalhar na prática por  novas eleições é dar provas cabais de falta de espírito político, sobretudo em não reconhecer onde está o perigo maior para a incipiente democracia turca.

               Depois, como dizia velha conhecida nossa,  não lhes adiantará sequer torcer as orelhas, pois nem sangue delas hão de tirar...

 

A repercussão internacional da repulsa brasileira à Dilma   

 
             Como que seguindo pauta pré-determinada, também o jornalão de New York descreve as passeatas de domingo da cidadania brasileira como se fora um leve exercício de contestação ao desastroso governo de Dilma Rousseff e ao regime petista.

            Quem lê fica com a impressão de que em São Paulo e em outras dezessete capitais tudo não passou de manifestações light pela saída da presidente.

             Só de ver tal cobertura, firma-se a convicção de que está mais do que na hora de dar uma melhor base de documentação para os correspondentes estrangeiros, para que se evite venham a repetir as sólitas  estórias da carochinha do Palácio do Planalto e do Alvorada.

 

Avaliação dos Presidentes das Américas

 

              Não há de provocar surpresa que o Presidente Barack Obama seja o mandatário mais bem avaliado entre jornalistas latino-americanos e que Nicolás Maduro, da Venezuela, seja o que receba a pior avaliação. Infelizmente os únicos jornalistas que não puderam se manifestar a respeito foram os próprios venezuelanos, mas este fato já sublinha o arrocho e a perseguição que eles sofrem. Não poderia ser efeito mais veraz de situação na realidade ditatorial.

              Dentre os bem-avaliados, Obama é seguido pelo uruguaio Tabaré Vázquez e o colombiano  Juan Manuel Santos.  Dentre a turma do pelotão traseiro,  a argentina Cristina Kirchner e o mexicano Enrique Peña Nieto.

              Maduro, quanto à liberdade de imprensa, tem a pior avaliação (7%), seguido de Rafael Correa  (23%) do Equador e o ditador Raul Castro (18%), de Cuba.

              Dilma tem avaliação medíocre pelos estrangeiros (59% para o resto da região) e 71% para os brasileiros.

 
Manifestação em Quito pela libertação da brasileira

 
         É difícil no Equador de Correa, até mesmo obter a firma da brasileira Manuela Picq, professora universitária e esposa de Carlos Pérez Guartambel. Este teve que desenvolver esforços hercúleos para convencer os guardas para entrar no Centro para Imigrantes Ilegais, onde está detida a esposa. Pérez carecia da assinatura de sua mulher para que a ação em favor da respectiva permanência no Equador pudesse ser ajuizada.

            O marido pretende conseguir duas ações em favor da esposa: o pedido que recupere a liberdade, e que se torne sem efeito o cancelamento do visto e a consequente ordem de deportação.
             Bastou participar nos protestos contra a situação dos indígenas no Equador para que o mundo de Manuela viesse abaixo. Caberá a última palavra ao homem forte do Equador, o mestre-escola Rafael Correa, que segue a cartilha chavista do arrocho das liberdades contrárias, e sobretudo a da  imprensa, em que se utiliza de pesadas multas.

 

Desastre Aéreo na Indonèsia.

 
             Surpreende a incidência de desastres aéreos nesses últimos tempos no  Sudeste Asiático.  Além da Malaysian Airlines, com aquele seu estranhíssimo vôo de que tão pouco até hoje se sabe e que na prática sumiu sem cousa alguma revelar (repontou destroço de flap em ilha do Oceano Índico, mas nada relativo às muito prováveis vítimas fatais do desastre). Quanto à mesma Malaysian, há a catástrofe de possível responsabilidade russa e dos chamados separatistas da Ucrânia oriental, de que o blog se tem ocupado (inclusive do mui recente e cínico veto russo no CSNU).

             Agora, cai outra aeronave com 54 pessoas a bordo, no leste da Indonésia.  O desastre foi em região montanhosa, de difícil acesso. Assinale-se, por oportuno, que a companhia Trigana Air possui a nada invejável marca de catorze desastres aéreos desde 1991 e que está, por conseguinte,  proibida de sobrevoar a Europa...

 
 

( Fontes:  The New York Times, O Globo, Folha de S. Paulo )

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